segunda-feira, 9 de maio de 2022

Origem dos princípios econômicos da Escola Austríaca

 

Origem dos princípios econômicos da Escola Austríaca

 

A história da Escola Austríaca começa no século XV, quando os seguidores de São Tomás de Aquino, que escreviam e lecionavam na Universidade de Salamanca, na Espanha, procuraram entender e explicar toda a completa extensão da ação humana e da organização social.

 Esses Escolásticos Tardios perceberam a existência de leis econômicas - forças inexoráveis de causa e efeito que operam de maneira muito parecida às outras leis naturais. 

 Durante o curso de várias gerações, eles descobriram e explicaram as leis da oferta e da demanda, as causas da inflação, o funcionamento das taxas de câmbio, e a natureza subjetiva do valor econômico.

Os Escolásticos Tardios eram defensores dos direitos de propriedade e da liberdade de comércio e de contrato. Eles louvavam a contribuição que os negócios traziam para a sociedade, ao mesmo tempo em que tenazmente se opunham aos impostos, controles de preços e regulamentações que inibiam a livre iniciativa.

Como teólogos morais, eles incitavam governos a seguirem uma postura ética de condenação ao roubo e ao homicídio. E eles foram fiéis à regra de Ludwig von Mises: a principal função de um economista é dizer aos governos o que eles não podem fazer.

O primeiro tratado geral de economia, Essay on the Nature of Commerce (Um Ensaio Sobre a Natureza do Comércio), foi escrito em 1730 por Richard Cantillon, um homem educado na tradição escolástica.

Cantillon foi seguido por Anne Robert Jacques Turgot, o aristocrata francês pró-mercado e ministro das finanças no ancien regime. Seus escritos econômicos foram poucos, porém profundos. Sua dissertação "Value and Money (Valor e Dinheiro)" decifrou as origens do dinheiro, e a natureza da escolha econômica.

Turgot foi o pai intelectual de uma grande linhagem de grandes economistas franceses dos séculos XVIII e XIX, mais proeminentemente Jean Baptiste Say e Claude-Frédéric Bastiat. Say foi o primeiro economista a pensar profundamente sobre método econômico.

Em 1871, Carl Menger, o fundador da Escola Austríaca propriamente dita, ressuscitou a abordagem econômica franco-escolástica, e a assentou sobre pilares mais firmes com a publicação de Principles of Economics (Princípios de Economia Política).

O livro de Menger foi o alicerce da "revolução marginalista" na história da ciência econômica.

Menger restaurou a economia como a ciência da ação humana baseada na lógica dedutiva, e preparou o caminho para que os teóricos seguintes se opusessem à influência do pensamento socialista.

Outro grande pensador austríaco foi Eugen von Böehm-Bawerk, admirador e seguidor de Menger na Universidade de Innsbruck, pegou a exposição de Menger, reformulou-a e aplicou-a a uma gama de novos problemas envolvendo valor, preço, capital e juros. Suas pesquisas e escritos que solidificaram o status da Escola Austríaca como sendo uma maneira unificada de encarar os problemas econômicos.

Esses pensadores aqui citados abriram caminho e deram origem a essa escola de pensamento que mudou o rumo das ciências econômicas.

Foi sobre os ombros deles que grandes economistas como Ludwig von Mises, Friedrich Hayek, Murray Rothbard se apoiaram.

Compreender a Escola Austríaca é entender a economia de verdade!

  

Fonte: Instituto Mises Brasil - https://mises.org.br/

 


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