O desculpismo petista
em nível global:
Dilma acusa países
ricos pelo déficit externo
Presidente diz no G-20 que falta de
força das economias avançadas não gera demanda
A
conhecida terceirização de responsabilidades praticada pelo PT novamente foi
exposta ao mundo. No encontro do G20 ocorrido em Brisbaine, Austrália, nos dias
15 e 16/11/14, a excelentíssima presidente Dilma Rousseff repetiu a ladainha
amplamente divulgada no período eleitoral: a culpa pela crise econômica do
Brasil é dos outros países, especificamente dos ricos.
Supondo
estar se dirigindo aos militantes petistas, a fala de Dilma é vitimista,
acusando a falta de demanda externa dos países desenvolvidos como a causa dos
problemas das nações emergentes. A mandatária ainda apontou que os estímulos
internos usados pelos países ricos para favorecer as próprias exportações depreciaram
as commodities, prejudicando o
Brasil.
A
leitura econômica da presidente é patética. Pinta um quadro idílico sobre o
contexto brasileiro e tenta justificar todas as mazelas que o país padece a
fontes externas. Já não fosse contraditório unir no mesmo discurso realidades
antagônicas (como pode estar tudo bem se temos problemas?), ainda extrapola a
noção de luta de classes para uma luta de nações ricas e pobres. Só faltou chamar os
demais países de racistas, machistas e integrantes da elite paulista de olhos
azuis. Talvez isso estivesse no discurso, mas algum assessor deve ter cortado a
tempo por se lembrar que se tratava de outro público.
Outro
argumento que envergonharia qualquer brasileiro consciente na plateia foi o de
que o Brasil estaria fazendo a parte dele para a recuperação da economia
mundial pós-crise de 2008 (já estamos quase em 2015...) ao apresentar um
déficit de transações correntes de 3,7% do PIB. Ora, o déficit recorde decorre
da falta de competitividade dos produtos nacionais considerando o alto custo
Brasil. Se tivéssemos infraestrutura adequada e investimentos na produção e
distribuição dos produtos, ao invés de simples subsídios para alguns setores, certamente
o quadro seria bem mais favorável.
Assim,
senhora presidente, se estamos importando mais do que exportando não é porque
queremos, mas porque o país não está conseguindo inverter essa situação.
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