Mostrando postagens com marcador Foro de São Paulo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Foro de São Paulo. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Isso é Cuba: protesto só se for autorizado


Cuba prende mais 18 opositores após protesto em Havana

Jornal OESP
02 Janeiro 2015 | 11h 01

Dissidentes se manifestavam contra detenção de opositores no final de 2014, após retomada de relações com os EUA

HAVANA ­ Pelo menos 18 opositores e ativistas cubanos foram detidos na quinta­feira, 1, em Havana, a maior parte deles em uma manifestação em frente a um centro policial para exigir a libertação de outros presos nos últimos dias, informou hoje a oposição ao regime dos irmãos Castro.
Entre os detidos estão Antonio Gonzáles Rodiles, organizador de um projeto de debates chamado "Estado de SATS", e sua esposa, Ailer González, confirmou a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN), liderada por Elizardo Sanchéz.
Sanchéz afirmou à Agência Efe que os presos hoje tinham ido ao centro de detenção conhecido como Vivac para pedir a libertação de 12 ativistas mantidos pela polícia no local desde terça­feira.
A artista Tania Bruguera também pode estar entre os presos. As detenções começaram na última terça­feira, quando ela tentou organizar uma ação artística de debate sobre Cuba, irritando o governo da ilha.
A CCDHRN, no entanto, não diz não ter a confirmação de que Tania está entre os 18 detidos. Já o "14ymedio", portal independente dirigido pela blogueira Yoani Sanchéz, afirma que ela foi presa novamente. De acordo com Sanchéz, entre 60 e 70 dissidentes foram presos nos últimos dias na capital cubana.
Tania foi liberada na quarta­feira após ter sido acusada de "resistência e incitação à desordem pública" por causa da "performance" que ela convocou na emblemática Praça da Revolução de Havana.
O ato, que foi qualificado pelas autoridades culturais da ilha como "oportunista" e "provocação política", não ocorreu porque Tania foi presa antes mesmo da realização da ação artística.
As prisões ocorrem semanas depois do anúncio da retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba e no aniversário de 66 anos da Revolução Cubana.



quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Governo bolivariano impõe cotas para roupas


Governo venezuelano avança no controle do comércio

O presidente venezuelano Nicolás Maduro continua mantendo a sua política de controlar as compras dos consumidores no país. Recentemente, foi instituída a cota para compra de roupas na Venezuela, pela qual a população chega a esperar até um mês e a ser submetida a respeitar as cotas individuais instituídas. Para tanto, senhas são distribuídas para que os consumidores tenham acesso a compra limitada das vestimentas.
As lojas estão aceitando a imposição desses limites também devido a escassez dos produtos, além dos problemas cambiais que estão encarecendo as importações, uma vez que o Governo vem tentando evitar a saída de dólares do país. Ressalte-se que o cartão de crédito está sendo controlado, por meio da obrigatoriedade de apenas uma operação comercial para cada 30 dias.
Além dessas ações, também está sendo restringido e proibido o comércio por parte ambulantes (camelôs) em várias cidades da Venezuela. Foi instituída a Lei Orgânica de Preços Justos, emitida em 25 de outubro, atuando sobre os ambulantes e definindo que as autoridades devem fazer inspeções, verificação e o que for necessário nos estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços em todo o território para evitar o que considera vendas ilegais[2].
Estão sendo impedidas as vendas de alimentos e insumos básicos, como azeites vegetais, arroz, fubá, farinha de trigo, maionese, ketchup, enlatados, mortadela, queijo, batata, leite, café, açúcar, manteiga, massas, ovos, sal, frangos, ervilhas, feijão, produtos de higiene pessoal e domésticas, sabonetes, creme dental, papel higiênico, fraldas descartáveis, shampoo, detergentes, desinfetantes, navalhas (aparelhos de barba) e pinturas para cabelos. As pessoas estão reclamando, pois estes produtos estão escassos nos supermercados, logo, os ambulantes se tornaram um caminho para vencer o desabastecimento dos produtos mais básicos.
Os vendedores estão se mobilizando, apresentando–se revoltados, pois consideram a atitude uma tentado ao direito de trabalho, já que o desemprego é grande no país e, além de vencerem esse problema, eles se mostram como uma alternativa viável para o consumo da população. Ademais, calcula-se que, aproximadamente,  200.000 pessoas vivem da venda de alimentos nas ruas.
Uma pesquisa da empresa Hinterlaces apontou, contudo, que a maioria de 78% dos entrevistados (de uma amostra de 1.200) apoiou a medida do Governo de proibir as vendas. Vários analistas, no entanto, tomam tais resultados com reservas, uma vez que há controle de vários setores e atividades por parte do Governo, de forma que possa estar havendo distorções nos resultados, causadas por problemas metodológicos na aplicação da pesquisa. Observadores acreditam que a medida contra os ambulantes pode levar ao surgimento de uma nova frente de manifestações, impulsionando outras ações da sociedade nas ruas em futuro breve.