Dilma é vaiada em feira
de construção em São Paulo
por Janaina
Garcia
Trabalhadores da feira vaiaram a
petista em evento que ocorre no Anhembi, na zona norte da capital paulista
A presidente Dilma Rousseff (PT) foi
recebida com uma maciça vaia de trabalhadores da construção civil, nesta
terça-feira, durante evento do setor na zona norte de São Paulo. Dilma
participa da abertura do Salão Internacional da Construção Civil (Feicon), no
Cento de Convenções do Anhembi.
Antes mesmo de a petista aparecer diante
da área reservada à imprensa, um grupo com cerca de 200 trabalhadores dos
estandes iniciou a vaia. Ninguém, entretanto, havia sequer avistado a
presidente. Por volta das 11h, quando a comitiva presidencial – na qual estavam
ministros Ricardo Berzoini (Comunicações) e Gilberto Kassab (Cidades) - chegou,
as vaias recomeçaram.
Entre os participantes da vaia estavam o
marceneiro Paulo Sérgio da Silva, 34 anos, natural da Paraíba e o serralheiro
Marcos Sena, 34 anos. “Graças a Deus não votei nela (Dilma) e não recebo Bolsa
Família, nem eu nem ninguém da minha família, a gente não é vagabundo. Essa
mulher tem que sair”, defendeu Paulo Sérgio. Indagado se tinha conhecimento de
quem assumiria a presidência em caso de um eventual impeachment, o marceneiro
não titubeou: “o segundo lugar na eleição, né?”. Nisso, Sena o corrigiu.
“Não. É o vice, Michel Temer. Não estou
gostando do PT há tempos, nosso setor tem tido perdas atrás de perdas”,
completou.
Já a consultora de vendas Patrícia
Jablkowicz, 39 anos, resumiu: “sou contra tudo o que está acontecendo; quero
derrubem ela”.
Após as vaias, a área reservada aos
profissionais de imagem da imprensa foi afastada do local onde estavam os
trabalhadores. Na sequência, Dilma seguiu para a abertura da solenidade da
feira em outro pavilhão do Anhembi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário