Argentina: Rumo ao bolivarianismo
E quem disse que a situação da
Argentina não poderia piorar ainda mais? Não bastasse a restrição de crédito
que o país enfrenta no mundo depois do calote aos credores, agora a intervenção
estatal no mercado promete deteriorar ainda mais a situação econômica e social.
Em 18/9/14, a Câmara dos
Deputados argentina aprovou, por 130 a 105 votos, a Lei de Abastecimento, a
qual prevê que o Estado estabeleça os níveis produtivos das empresas e controle
os respectivos preços ao consumidor, com a possibilidade de confisco de bens de
companhias que forem consideradas praticantes de preços abusivos.
A Lei conta com forte resistência
dos setores produtivos e de representantes da sociedade civil que defendem o
livre mercado. Por outro lado, os governistas alegam que as medidas não
implicam em intervenção, apenas em regulação necessária para a proteção dos
próprios consumidores.
Na prática, sim, trata-se de uma
política intervencionista que pode desestabilizar as relações entre os agentes econômicos,
impactando negativamente o processo produtivo do país. A tentativa de se
controlar a economia por meio de medidas artificiais e que desconsiderem a
dinâmica natural do mercado na formação de preços gera, usualmente, distorções
insustentáveis no médio e longo prazos, contribuindo para a ineficiência
alocativa de recursos.
Um exemplo recente dos problemas gerados
pelo alto grau intervencionista do Estado na economia é a Venezuela, desde que
adotou a orientação bolivariana.
E salve-se quem puder.
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