Um engodo chamado
Método Paulo Freire
Félix Maier
Em 1943, foi introduzida no Brasil a
Cruzada ABC (Ação Básica Cristã), com
sede em Recife, PE. A Cruzada era um programa de alfabetização baseado no
Método Laubach, que incluía, ainda, a bolsa-escola para famílias pobres. (E
ainda dizem que o pernambucano Cristóvam Buarque, que, com certeza, conhecia o
Método Laubach, é o criador do bolsa-escola.) O missionário norte-americano
Frank Charles Laubach desenvolveu seu método de alfabetização de adultos
inicialmente nas Filipinas, onde, em 30 anos, conseguiu alfabetizar 60% de sua
população.
No Brasil, o Método Laubach foi deturpado e
substituído pelo Método Paulo Freire: “Concomi-tante e subitamente, começaram a
aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor
filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase
à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de
Deus. As novas car-tilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta
de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a consci-entização
das massas à sua ‘condição de oprimidas’. O autor dessas outras cartilhas era o
genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa ‘nova
metodologia’ - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos
- como se a mesma fosse da sua autoria” (David Gueiros Vieira, in Método Paulo
Freire ou Método Laubach?).
O Movimento de Educação de Base (MEB) era uma
organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo governo João Goulart e
administrada por militantes da esquerda católica, muitos dos quais eram membros
da Ação Popular, que mais tarde se tornaria um grupo terrorista e promoveria um
atentado no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 1966. Baseado nas ideias
marxistas de Paulo Freire, autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, o MEB
funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local
(padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas.
Afinal, o que vem a ser o Método Paulo
Freire, tão enaltecido pelos esquerdistas que tomaram de assalto as salas de
aula das escolas e das universidades brasileiras? Ninguém melhor do que o
historiador Paul Johnson para explicar esse engodo da mais pura ideologia
marxista:
“O professor
brasileiro Paulo Freire, ... descobriu que qualquer adulto pode aprender a ler
em quarenta horas suas primeiras palavras que conseguir decifrar se estiverem
carregadas de significação política; ... apenas a mobilização de toda a
população pode conduzir à cultura popular. As escolas são contraprodutivas... O
melhor caminho a seguir é um rompimento com a educação institucional rumo à
educação popular. O método se baseia no uso de palavras e expressões empregadas
conscientemente de forma dúbia e duvidosa, de acordo com o conceito que seu autor
tem de ‘educação libertadora’ e que pode ser assim resumido no conhecido jargão
esquerdista: ‘... há uma incompatibilidade estrutural entre os interesses da
classe dominante e a verdade...; a verdade está do lado dos oprimidos e não
pode ser conquistada senão na luta contra a classe dominante...; a verdade é
revolucionária, não deve ser buscada e sim feita’ ” (Paul Johnson, in Inimigos
da Sociedade - cit. COUTO, 1984: 39).
“O avanço do processo
revolucionário comunista antes de Março de 1964, na área da educação, foi em
grande parte creditado ao uso do Método Paulo Freire, que tem potencial para
materializar, com inegável eficiência, aquela afirmativa de Fred Schwarz: ‘O
primeiro passo na formação de um comunista é a sua desilusão com o
capitalismo’. Hoje, o método e seu autor vêm sendo reabilitados em vários
pontos do país, aparentemente com a mesma função revolucionária de antes. A
alfabetização que propicia, baseada nas condições reais em que vive o aluno,
explora largamente as contradições internas da sociedade para desmoralizar o
capitalismo, e através dele a democracia, deixando a porta aberta para a opção
socialista” (COUTO, 1984: 38-9).
A ressurreição da múmia comunista chamada
Paulo Freire não se observa apenas nos campi cada vez mais estéreis das
faculdades de Educação, mas também nos campos improdutivos do messetê: “De
acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da
solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire,
Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e
clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci” (revista Sem Terra,
Out-Nov-Dez 1997, pg. 27).
Periodicamente, o mito de palha, que foi
secretário de Educação do governo Luíza Erundina na cidade de São Paulo, é
incensado na mídia para adoração, como o artigo da Gazeta do Povo, de
19/01/2013, Pela união na construção do saber. Sem direito a contraditório.
Em 2012, o plagiário de Laubach foi
declarado, por Lei, patrono da educação brasileira. Não há nome melhor para
explicar o grau de mediocridade de nossas escolas e universidades,
principalmente as faculdades de Educação.
Nota:
COUTO, A. J. Paula. O desafio da subversão. Impresso na Gráfica FEPLAM, Porto
Alegre, RS, 1984.
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