SOCIALISMO É BARBÁRIE
por Luiz Felipe Pondé
Folha de S.Paulo 24/02/2014
Se eu pregar que todos que discordam de mim
devem morrer ou ficarem trancados em casa com medo, eu sou um genocida que usa
o nome da política como desculpa para genocídio. No século 20, a maioria dos
assassinos em massa fez isso.
O Brasil, sim, precisa de política. Não se
resolve o drama que estamos vivendo com polícia apenas. Mas me desespera ver
que estamos na pré-história discutindo ideias do "século passado".
Tem gente que ainda relaciona "socialismo e liberdade", como se a
experiência histórica não provasse o contrário. Parece papo das assembleias da
PUC do passado, manipuladoras e autoritárias, como sempre.
O ditador socialista Maduro está espancando
gente contra o socialismo nas ruas da Venezuela. Ele pode? Alguns setores do
pensamento político brasileiro são mesmo atrasados, e querem que pensemos que a
esquerda representa a liberdade. Mentira.
A maioria de nós, pelo menos quem é responsável
pelo seu sustento e da sua família, não concorda com o socialismo autoritário
que a "nova" esquerda atual quer impor ao país. A esquerda é
totalitária. Quer nos convencer que não, mas mente. Basta ver como reage ao
encontrar gente inteligente que não tem medo dela.
Ninguém precisa da esquerda para fazer uma
sociedade ser menos terrível, basta que os políticos sejam menos corruptos (os
da esquerda quase todos foram e são), que técnicos competentes cuidem da gestão
pública e que a economia seja deixada em paz, porque nós somos a economia, cada
vez que saímos de casa para gerar nosso sustento.
Ela, a esquerda, constrói para si a imagem de
"humanista", de superioridade moral, e de que quem discorda dela o
faz porque é mau. Ela está em pânico porque estava acostumada a dominar o
debate público tido como "inteligente" e agora está sendo obrigada a
conviver com gente tão preparada quanto ela (ou mais), que leu tanto quanto
ela, que escreve tanto quanto ela, que conhece seus cacoetes intelectuais, e
sua história assassina e autoritária.
Professores pautados por esta mentira
filosófica chamada socialismo mentem para os alunos sobre história e perseguem
colegas, fechando o mercado de trabalho, se definindo como os arautos da
justiça, do bem e do belo.
A esquerda nunca entendeu de gente real, mas
facilmente ganha os mais fragilizados com seu discurso mentiroso e sedutor,
afirmando que, sim, a vida pode ser garantida e que, sim, a sobrevivência virá
facilmente se você crer em seus ideólogos defensores da "violência
criadora".
Ela sempre foi especialista em tornar as
pessoas dependentes, ressentidas, iludidas e incapazes de cuidar da sua própria
vida. Ela ama a preguiça, a inveja e a censura.
Recomendo a leitura do best-seller mundial,
recém publicado no Brasil pela editora Agir, "O Livro Politicamente
Incorreto da Esquerda e do Socialismo", escrito pelo professor Kevin D.
Williamson, do King's College, de Nova York. Esta pérola que desmente todas as
"virtudes" que muita gente atrasada ou mal-intencionada no Brasil
está tentando nos fazer acreditar mostra detalhes de como o socialismo
impregnou sociedades como a americana, degradou o meio ambiente, é militarista
(Fidel, Chávez, Maduro), e não deu certo nem na Suécia. O socialismo é um
"truque" de gente mau-caráter.
As pessoas, sim, estão insatisfeitas com o modo
como a vida pública no Brasil tem sido maltratada. Mas isso não faz delas seguidores
de intelectuais e artistas chiques da zona oeste de São Paulo ou da zona sul do
Rio de Janeiro.
A tragédia política no Brasil está inclusive no
fato de que inexistem opções partidárias que não sejam fisiológicas ou
autoritárias do espectro socialista. Nas próximas eleições teremos poucas
esperanças contra a desilusão geral do país.
E grande parte da intelligentsia que deveria
dar essas opções está cooptada pela falácia socialista, levando o país à beira
de uma virada para a pré-história política, fingindo que são vanguarda
política. O socialismo é tão pré-histórico quanto a escravatura.
Mas a esquerda não detém mais o monopólio do
pensamento público no Brasil. Não temos mais medo dela.
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