tag:blogger.com,1999:blog-65952914334990080832024-03-05T07:43:42.484-08:00CONTEXTOTemas de interesse econômico, político e socialUnknownnoreply@blogger.comBlogger195125tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-67692872984118951352024-01-05T15:31:00.000-08:002024-01-05T15:35:46.132-08:00O capitalismo é impessoal, não desalmado<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvYhEx1H1BAVvDFeCqaV68dXzMVtoOIGyXvSUOuc1vbH2-pFDctcfCx8rOsaQRT194PSv-FFUmLFbCURMqLLjZTd72_AztPoci1v67xaSfTDOas8bP0sk0RFIGN_Vri5psfFSri-UHjuWvYNR9W-oiOH-AutzepE8ATMVixrH1YWioWqSbsMuJF9-hV_Eg/s284/mercado.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="177" data-original-width="284" height="249" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjvYhEx1H1BAVvDFeCqaV68dXzMVtoOIGyXvSUOuc1vbH2-pFDctcfCx8rOsaQRT194PSv-FFUmLFbCURMqLLjZTd72_AztPoci1v67xaSfTDOas8bP0sk0RFIGN_Vri5psfFSri-UHjuWvYNR9W-oiOH-AutzepE8ATMVixrH1YWioWqSbsMuJF9-hV_Eg/w400-h249/mercado.jpg" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">O capitalismo é impessoal, não desalmado</span></b></div><p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Donald
J. Boudreaux*</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Há muito
para gostar no recente ensaio de Richard Jordan em <i>Law & Liberty</i>, <i>"Romancing
Creative Destruction"</i>. Mas também está infectado por uma falha
notável, a saber, a alegação de Jordan, completa com ênfase adicional, de que
"o capitalismo é desalmado".<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Lido
estritamente, essa afirmação é vazia de significado útil. O capitalismo não é
uma criatura sensível; ele não tem consciência nem consciência. Capitalismo é o
nome que damos a uma maneira particular de interações humanas. Portanto, não é
mais útil observar que "o capitalismo é desalmado" do que é observar
que "o tráfego de automóveis é desalmado".</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Mas o desalmado'
do capitalismo é afirmado com muita frequência, por pessoas de todas as
orientações ideológicas, e essa afirmação obviamente transmite algum
significado substantivo para aqueles que a encontram.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Qual
poderia ser esse significado? Acho que sei. A alegação de que o capitalismo é
desalmado reflete uma confusão entre "impessoal" e "sem
alma". O capitalismo de fato apresenta inúmeras trocas impessoais, mas
essa realidade não significa que o capitalismo seja desalmado.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">A afetuosidade
das interações pessoais</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Entre
pessoas que se conhecem intimamente, a assistência é oferecida por um senso de
amor e verdadeiro companheirismo. As interações entre membros da família podem
ser descritas como 'trocas', e as motivações para essas interações pessoais são
talvez mais bem compreendidas pelos analistas como sendo enraizadas em
disposições psicológicas 'escolhidas' pela seleção natural, porque essas
disposições promovem a sobrevivência de cada uma das partes que interagem. No
entanto, a experiência consciente de interagir com entes queridos e amigos não
envolve um senso de ponderação de custos e benefícios - nenhum sentido de
"troca" egoísta. Ajudamos nossos pais e filhos porque os amamos.
Recebemos ajuda de nossos amigos por causa de seus sentimentos por nós. E tanto
o dar quanto o receber dessa ajuda despertam emoções que nós humanos
compreensivelmente descrevemos como "afetuosas".</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">A doçura
de experimentar esse amor e afeto não pode ser adequadamente expressa em
palavras retiradas de livros didáticos de economia ou biologia. Valorizamos o
toque pessoal e nos regozijamos sabendo que nós, como pessoas de carne e osso,
somos cuidados por outras pessoas específicas de carne e osso.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Em
comunidades pequenas, cujos membros raramente interagem com indivíduos que não
conhecem pessoalmente, todas as interações comerciais apresentam doses pesadas
de conhecimento pessoal e emoção. O alfaiate Smith sabe que o comerciante Jones
não vai enganá-lo porque Smith e Jones são velhos amigos. Enquanto cada um
ganha economicamente ao negociar com o outro, cada um também ganha
emocionalmente. Smith valoriza suas conversas na loja com Jones, que por sua
vez aprecia a compra de Smith daquele pão extra - uma compra motivada, Jones
está silenciosamente ciente, pelo conhecimento de Smith de que Jones está
passando por um momento financeiro difícil.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Essas
interações são pessoais. E são boas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">A ordem
capitalista estendida do mercado</span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">O
comércio exclusivamente entre pessoas que se conhecem - mesmo quando totalmente
não regulamentado pelo governo - não é, como tal, capitalismo. O capitalismo
requer mais do que o governo se manter em grande parte não envolvido nos
detalhes dos processos econômicos; o capitalismo também envolve (1) uma
abertura à mudança econômica de tal forma que a inovação incessante seja
encorajada e (2) um desejo de obter lucros atendendo a tantas pessoas - e a uma
população diversificada de pessoas - quanto possível. No capitalismo, a divisão
do trabalho - ou seja, a especialização - não é limitada pelas conexões
pessoais dos indivíduos ou por limites fixados pela tradição, mas (como Adam
Smith observou famosamente) "pela extensão do mercado".</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Quanto
maior o número de pessoas que interagem economicamente umas com as outras,
maior é a capacidade dos indivíduos como produtores de se especializarem. Essa
especialização aumentada, por sua vez, aumenta a produção por pessoa. Mas a
mesma condição que torna possível essa especialização aumentada também torna
impossível para qualquer indivíduo nessa economia conhecer pessoalmente todos
os outros indivíduos com quem ele interage economicamente. Porque na economia
global de hoje, as pessoas com quem interagimos economicamente chegam
literalmente aos bilhões, a porcentagem dessas pessoas com quem também
interagimos pessoalmente é quase zero.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Portanto,
é verdade que quase todos os motivos que impulsionam e orientam bilhões de
ações humanas que diariamente possibilitam nossa prosperidade moderna são
exclusivamente 'econômicos', em vez de calorosos e pessoais. Quem quer que
tenha saído da cama uma manhã há algumas semanas para dirigir da fazenda ao
matadouro o porco que compartilhei no dia de Natal com familiares e amigos não
me conhece, e eu não o conheço. Essa pessoa certamente contribuiu para o meu
ótimo jantar de Natal, mas a motivação não foi amor ou bondade para com o
próximo. E nenhuma parte da compra do presunto que comi foi motivada pelo afeto
por esse motorista - ou, de fato, por qualquer outra pessoa envolvida no
fornecimento desse presunto. Do início ao fim, a motivação e a informação
vieram na forma de preços, salários, lucros e perdas registrados em termos de
dinheiro. Todas essas trocas foram puramente 'econômicas'. A principal
motivação em todo o processo é o ganho material, e todo o processo é guiado por
cálculos racionais e monetários. Quase nenhum papel foi desempenhado por
sentimentos pessoais e calorosos.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Tudo
verdade. No entanto, descrever o capitalismo - ou, pelo menos, a sociedade
capitalista - como sem alma é enganador.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Primeiramente,
o capitalismo não nos impede de exercer e experimentar o companheirismo. Nós,
habitantes da economia global do século XXI, temos tantas oportunidades de nos
conectar pessoalmente com outros seres humanos quanto tiveram nossos ancestrais
no Pleistoceno e aqueles nos pitorescos vilarejos da Nova Inglaterra do século
XVIII. E, é claro, muitos de nós o fazem. Amamos nossos pais, irmãos, filhos e
netos. Somos membros de igrejas. Cuidamos dos nossos vizinhos. Confortamos
nossos amigos quando estão mal e somos confortados por eles quando a sorte se
inverte. Se alguns de nós hoje escolhem viver vidas mais isoladas e solitárias
- uma opção, admitidamente, facilitada pela riqueza capitalista - isso não é
culpa do capitalismo. Se culpa deve ser atribuída, é aos indivíduos que
escolhem essa opção.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">No
entanto, mais uma vez, a maioria de nós não escolhe viver como átomos isolados.
Suspeito que o morador típico hoje de Manhattan, Miami ou Manchester tem tantas
conexões pessoais e afetuosas com outros indivíduos de carne e osso quanto
tinha o morador típico, 500 anos atrás, de qualquer vila medieval.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Mas a
acusação de que o capitalismo é "sem alma" é falha de uma segunda
maneira e até mais profunda. O que o habitante da modernidade tem e seu
ancestral medieval não tinha são conexões muito reais também com inúmeros
outros seres humanos. No sistema de cooperação social que se estende pelo globo
hoje em dia, bilhões de indivíduos todos os dias são incitados e orientados a
trabalhar para o benefício mútuo. Ainda temos as conexões pessoais das quais
tiramos calor humano. Mas também temos conexões de mercado extensas com
incontáveis estranhos que permitem a vastas porções da humanidade se ajudarem
mutuamente como se cada um de nós amasse e fosse amado por bilhões de estranhos
de origens e crenças diversas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">Motivados,
na verdade, não pelo amor, mas pelo interesse próprio - e orientados não pelo
conhecimento pessoal, mas por sinais de mercado impessoais - os mercados
capitalistas são realmente impessoais. E eu admito que eles parecem frios e sem
alma quando comparados às conexões face a face que temos com entes queridos,
vizinhos e comerciantes locais em cidades pequenas. Mas certamente, quando
comparados à pobreza mortal que experimentaríamos se tivéssemos conexões
econômicas apenas com pessoas que conhecemos pelo rosto e nome, os mercados
capitalistas devem ser aplaudidos por sua humanidade. Descrever como "sem
alma" um sistema que encoraja e permite que inúmeros estranhos cooperem
pacífica e produtivamente para o benefício mútuo certamente transmite uma
impressão totalmente falsa.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">O
capitalismo é impessoal. Não é desalmado.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;">--------</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 10pt;">*Donald
J. Boudreaux is a Associate Senior Research Fellow with the American Institute
for Economic Research and affiliated with the F.A. Hayek Program for Advanced
Study in Philosophy, Politics, and Economics at the Mercatus Center at George
Mason University; a Mercatus Center Board Member; and a professor of economics
and former economics-department chair at George Mason University. He is the
author of the books The Essential Hayek, Globalization, Hypocrites and
Half-Wits, and his articles appear in such publications as the Wall Street
Journal, New York Times, US News & World Report as well as numerous
scholarly journals. He writes a blog called Cafe Hayek and a regular column on
economics for the Pittsburgh Tribune-Review. Boudreaux earned a PhD in economics
from Auburn University and a law degree from the University of Virginia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 10pt;"><o:p> </o:p></span><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt;"> </span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;">Fonte: <a href="https://www.aier.org/article/capitalism-is-impersonal-not-soulless/">https://www.aier.org/article/capitalism-is-impersonal-not-soulless/</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span face=""Arial",sans-serif" style="font-size: 12pt;"><o:p> </o:p></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-85291252872952467622023-01-26T11:17:00.001-08:002023-01-26T11:18:07.417-08:00O falso cognato e a arrogância dos “ungidos”<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjipsGv7UPxVSS8zjCDnuPOoehrWSVFgCUam3JKT4wQFRY5BLQRpgFUuM36w6Lyu3aO6TJThftFDenv4oBGHD8J29c0Pyw2XN7C7eoqyiHW0JWQsLryEIzkW_y67uthRmB-ghYCJtsrkYjjq9TNPH56_xy2Q9D_WeOkh6KVdNtTr_m14DpxR2f2D4lSPg/s408/Ungir.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="333" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjipsGv7UPxVSS8zjCDnuPOoehrWSVFgCUam3JKT4wQFRY5BLQRpgFUuM36w6Lyu3aO6TJThftFDenv4oBGHD8J29c0Pyw2XN7C7eoqyiHW0JWQsLryEIzkW_y67uthRmB-ghYCJtsrkYjjq9TNPH56_xy2Q9D_WeOkh6KVdNtTr_m14DpxR2f2D4lSPg/s320/Ungir.jpg" width="261" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: arial;">O
falso cognato e a arrogância dos “ungidos”<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: arial;">Marco
Milani<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Ao estudar um novo idioma, o aprendiz enfrenta situações que podem
gerar confusões semânticas, principalmente quando algumas palavras estrangeiras
são escritas de maneira muito semelhante àquelas existentes em sua língua
nativa, porém possuem significados diferentes e até antagônicos. Tais são os
chamados falsos cognatos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Em inglês, dentre muitos exemplos, tem-se que: <i>parents</i> significa
pais (e não “parentes”), <i>fabric</i> significa tecido (e não “fábrica”) e <i>lecture</i>
significa palestra (e não “leitura”).<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Um falso cognato não muito citado é <i>condescendent</i>. Em português,
“condescendente” é utilizado para alguém tolerante, flexível e complacente. Em
inglês, todavia, <i>condescendent</i> aplica-se para alguém que age com
arrogância, presunção e prepotência. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">E o que falsos cognatos têm a ver com os ungidos, conforme relacionado
no título deste texto?<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">O economista Thomas Sowell, em seu instigante livro <i>The vision of
the anointed: self-congratulation as a basis for social policy </i>(lançado no
Brasil pela LVM Editora com o título “Os Ungidos: A fantasia das políticas
sociais dos progressistas”) caracteriza aqueles que podemos denominar de
ungidos (<i>anointed</i>), os quais possuem a presunção de superioridade moral
e apresentam uma peculiar visão da realidade, calcada em utopias coletivistas desconectadas
dos fatos, mas que direcionam a formulação de várias políticas públicas
equivocadas. A mentalidade dos ungidos centra-se na suposição de que as ações
prescritas por eles (seres virtuosos e sábios) para a sociedade deveriam ser implementadas
como único caminho para se promover a justiça e igualdade entre todos. As vozes
dissonantes, que ousam discordar dos ungidos, são apontadas como retrógradas, antidemocráticas
e passíveis de serem caladas em nome de um suposto bem comum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Sowell demonstra com dados estatísticos como fracassadas políticas sociais
“progressistas” foram elaboradas nos EUA desde a década de 1960 sob a influência
arrogante (<i>condescendent</i>) de uma autoproclamada elite moral, repleta de
boas intenções, mas que paradoxalmente agravou os problemas que se desejavam
resolver, gerando crises na área educacional, segurança pública e até na estrutura
familiar.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: arial;">Em síntese, os ungidos se acham condescendentes e plenos de virtudes,
mas não passam de limitados e iludidos </span><i><span style="font-family: arial;">condescendents. </span><o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i><span style="font-family: arial;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;"><i></i></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><i><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckvqr7mfZ8YJVvQcAerWI5S29wDcwVvY0_tXf49QSJAt1sJAYGlIu2VozKbD-OHbQJApv-W0yZ8Yos8QlRJpPkpvNhB8IADuoDqQbOLAiRX2Tx5bJ_7fuRbw96HxMJ9cShqWiZKQJpn6v4uzr4UU4C3Fyoml2tF8UXuuvA2NjqpjrDklf7F5T7qjWhg/s500/Os%20ungidos%20Sowell.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="348" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgckvqr7mfZ8YJVvQcAerWI5S29wDcwVvY0_tXf49QSJAt1sJAYGlIu2VozKbD-OHbQJApv-W0yZ8Yos8QlRJpPkpvNhB8IADuoDqQbOLAiRX2Tx5bJ_7fuRbw96HxMJ9cShqWiZKQJpn6v4uzr4UU4C3Fyoml2tF8UXuuvA2NjqpjrDklf7F5T7qjWhg/s320/Os%20ungidos%20Sowell.jpg" width="223" /></a></i></div><i><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></i><p></p><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-89384019757338229442022-12-14T19:20:00.005-08:002022-12-14T19:20:49.960-08:00Karl Barth combateu a ideologização do cristianismo e o comunismo teológico<p> </p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9sUDQdWnQ5-Tyvf_ClxihEdgpDb98QmkinsoFNmninp94opSgJmpnjMJgscIFD-lBKK8PNvJoePfDez3bDoadlYp6lbVokGpKLWND1FvRgAr274bEzqECBMplcZxKbVYHPZbBThQTcN2sZ859ByzbSh4NR-8pyAl0R8U9_CDc2ZI3s5Ww0bNO3Tc_bg/s1024/Karl-Barth.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="1024" height="146" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi9sUDQdWnQ5-Tyvf_ClxihEdgpDb98QmkinsoFNmninp94opSgJmpnjMJgscIFD-lBKK8PNvJoePfDez3bDoadlYp6lbVokGpKLWND1FvRgAr274bEzqECBMplcZxKbVYHPZbBThQTcN2sZ859ByzbSh4NR-8pyAl0R8U9_CDc2ZI3s5Ww0bNO3Tc_bg/w400-h146/Karl-Barth.jpg" width="400" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><br /></span></b></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Karl Barth
combateu a ideologização do cristianismo e o comunismo teológico</span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Pedro
Henrique Alves<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; text-indent: 35.45pt;">Nascido
em 10 de maio de 1886, na Basileia, noroeste da Suíça, Karl Barth pode ser
considerado o teólogo protestante mais influente de seu tempo. A teologia
reformista de cunho conservador, a oposição ferrenha ao nazismo e também a
capacidade singular de reestruturar a dogmática clássica do protestantismo em
oposição à teologia liberal de Paul Tillich são algumas causas para isso.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Filho
de Fritz Barth e Anna Sartorius, desde cedo esteve envolvido no debate
teológico e filosófico devido às atuações de seu pai como clérigo, professor de
Novo Testamento e Igreja Primitiva. Não há detalhes precisos sobre como passou
os seus primeiros anos de vida, certo é, todavia, que cresceu em Berna, num
ambiente culto e tradicional, com seus pais constantemente debatendo filosofia
e teologia no ambiente familiar, tendo o livre arbítrio ‒ uma causa primeira
para os calvinistas ‒ sempre como uma questão a ser analisada e reanalisada
após o café da manhã.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Estudou
nas universidades de Berna, Berlim, Tübingen e Marburg, de 1911 a 1921 serviu
como professor de teologia e pastor na aldeia de Safenwil, numa região
conhecida como Cantão de Aargau, entre Basileia e Zurique. Em 1913, casou-se
com Nelly Hoffmann, violinista de raro talento e uma erudita modesta em seu
lar. O casal deu à luz a cinco filhos, uma menina e quatro meninos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">A
atuação de Barth nos anos de pastoreio o marcaria de maneira profunda,
principalmente porque notaria a olho nu o claro estrago que a teologia liberal
vinha causando na crença e nas ideias populares dos seus fiéis. Sobre o tema
ele poderia discorrer com propriedade, pois foi formado intelectualmente por
liberais; em Berlim participou dos colóquios de Adolf von Harnack e teve como
professor ninguém menos que Wilhelm Herrmann, um dos mais estimados teólogos
liberais de seus dias. Além disso, ainda na casa de seus pais, ele havia
estudado as influências filosóficas do iluminismo sobre esses autores e como
eles tendiam a uma leitura marxista de Hegel, sendo este outro forte aspecto
que o afastou da teologia liberal alemã, depois de seus anos de estudos
pós-universidade.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Essa
teologia liberal alemã, após 1920, acabaria abraçando conscientemente o
socialismo alemão, tanto como uma resposta ao nazismo como por convicção
ideológica. Karl Barth negaria veementemente tanto o nazismo quanto o
comunismo. Acreditava que a teologia não se faz no método filosófico de
verdades políticas, e é justamente aqui que ele se afasta categoricamente de
Paul Tillich, teólogo influenciado pelo marxismo, que acreditava que a teologia
estava subordinada às inquirições e métodos da filosofia, que a leitura
cultural das verdades bíblicas antecedia a leitura espiritual.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Não à
toa compôs a famosa Declaração de Barmen, texto em que o teólogo insistia que
uma subordinação clerical e eclesiástica ao Estado ‒ naquele contexto o Estado
nazista ‒ e às ideologias modernas seria uma traição fatal ao Evangelho e a
Cristo. Aliado à Declaração, outro texto seu, <i>Nein! Antwort an Emil Brunner</i>
[em tradução livre: Não! A teologia natural], o fez conhecido em todo mundo
protestante norte-americano e o maculou politicamente na Alemanha, fazendo com
que saísse fugido do país em 1935.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Uma teologia nem
liberal e nem tradicional <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">No
entanto, como parece, foi a sua atuação como pastor e seus estudos que o
levaram a se decidir por não adotar os pressupostos liberais em sua teologia
autoral, o que fazia dele uma terceira via mais segura de protestantismo para
aqueles que recusaram o nazismo e o comunismo como vias de leitura religiosa.
Para Barth, tanto os pastores que abraçaram o nazismo, com aqueles que adulavam
o comunismo, eram em essência um erro a ser extirpado do debate teológico,
pois, sendo Deus o totalmente outro, a teologia não é uma ciência pautada nas
bulas filosóficas e políticas de grupos de influência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Sua
teologia começa a se delinear em um processo de desintoxicação da teologia
liberal; experiências do pastoreio de 1911 a 1921, e a partir de encontros que
teve, especialmente, com Christoph Blumhardt, um teólogo luterano, de linha
liberal, mas que havia feito pregações sobre a ressureição de Cristo e a
centralidade da teologia nos escritos bíblicos que marcaram profundamente
Barth. A partir dessa influência, ele inicia dois movimentos de retorno
importantes.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">O
primeiro é o retorno quase que extremista ao texto bíblico, a ponto de chegar a
momentaneamente abdicar de outros estudos paralelos; e o segundo, o retorno à
pregação do evangelho de forma apaixonada e militante, o que gestaria um de
seus livros mais belos e gratificantes de se ler: Palavra de Deus e Palavra do
Homem ‒ ele terminará sua vida como pregador, mais do que como teólogo. Muitos
acreditam que até esse momento não há uma teologia genuína em Barth,
principalmente aquela que depois faria dele um teólogo admirado por homens
como Thomas F. Torrance e Rudolf Karl Bultmann. A tese, no entanto, não é
válida: em suas pregações já se enxerga o cerne de sua teologia, isto é, a
separação completa do divino e da capacidade humana de compreensão desse
divino, aquilo que ele chamaria de “totalmente outro”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">O totalmente
outro <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Em A
Carta aos Romanos, texto de comentários ao livro bíblico homônimo, Barth se
estabeleceu como um teólogo original, reformista e uma verdadeira terceira via
entre o tradicionalismo luterano alemão e a teologia liberal. Iniciada em 1916,
enquanto atuava como pastor, sua primeira edição foi finalizada em 1918 e
lançada no ano seguinte. No entanto, como pontuou logo que a obra foi lançada,
ele não gostou do resultado final e, assim, decidiu revisar profundamente o
texto entre 1919 e 1921. A obra foi relançada, em sua segunda edição, em
1922. Rapidamente essa segunda edição ganhou força em toda a Europa, sendo
adotada até mesmo em alguns seminários católicos. Daí a brincadeira de que
Barth seria o protestante mais amado pelos católicos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Na
obra, Barth argumenta que o Cristo morto na cruz e o Cristo ressurreto são
completamente outro na percepção intelectual humana. Assim sendo, é impossível
conceber a grandeza do Cristo em comparação com culturas, posses e métodos
científicos humanos, Deus é imensurável em sua capacidade e análise. O livro
serviu como fundamentação teológica para o desprendimento da leitura bíblica
ante os movimentos e embates políticos da época. Fato é que parecia que não se
podia ler um salmo sem correlacioná-lo às ideologias e debates políticos
do momento, fazendo assim Tillich soar como o dono da razão.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Barth
tenta resgatar o centralismo da fé cristã na revelação, e a teologia como fruto
da reflexão teológica a partir dessa revelação, e não de instrumentos
filosóficos e outros mais. A repercussão das ideias de Barth em A Carta aos
Romanos o levou a ser convidado a lecionar na prestigiada Universidade de
Göttingen, em 1921. Mais tarde, ele seria nomeado também para as universidades
de Münster, em 1925, e Bonn, em 1930. Lá em Göttingen, para complementar sua
nascente teologia, ele se volta aos escolásticos protestantes e aos Padres da
Igreja ‒ patrística.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Seu <i>Die
protestantische Theologie im 19</i> [Teologia Protestante no Século XIX] trata
de um prenúncio de sua obra mais complexa, Dogmática Eclesiástica [com edição
brasileira, sob uma tradução aquém do que se esperava]. Em 1927, escreveu uma
tentativa de epistemologia teológica própria em <i>Die Lehre vom Worte Gottes;
Prolegomena zur christlichen Dogmatik </i>[A Doutrina da Palavra de Deus:
Prolegômenos à Dogmática da Igreja]. Na obra, Barth tenta estabelecer como
invariáveis certas interpretações da revelação, tal como a verdade do Espírito
Santo, a Trindade Santa e a Encarnação de Cristo. No entanto, não estando
satisfeito com seu método teológico, em 1931 ele recorre ao amigo Heinrich
Scholz, filósofo da ciência, para ajudá-lo na composição dos seus estudos
sobre Santo Anselmo ‒ os quais depois seriam impressos sob o título de <i>Fides
quaerens intellectum</i> [Fé em busca de entendimento].<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Foi
somente em 1932 que lançou sua Dogmática Eclesiástica, onde estabelece as
formas gerais de sua teologia, e se apresenta, por fim, como um teólogo de fato
independente. Foi nessa obra que ele arregimentou como pressuposto de sua
teologia aquilo que praticou em A Carta aos Romanos: a teologia dialética. Tal
doutrina basicamente estabelece que a revelação une elementos que tendem a naturalmente
se afastar: Deus e o homem, revelação e história, graça e pecador, eternidade e
tempo, fazendo com que somente a partir da revelação evangélica a fé cristã se
torne minimamente compreensível e praticável ao homem racional. Cabe pontuar,
também, que aqui obviamente se encontra como base a visão hegeliana de
dialética do espírito: posição > negação > síntese.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">A crítica
católica <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Uma
crítica católica às ideias de Barth seria que, sob esse fundamentalismo bíblico
e sua constante recusa em aceitar os raciocínios filosóficos para aclarar
princípios teológicos, a teologia dele se transformou em um laicismo prático.
Se Deus é totalmente outro, se a ele não podemos correlacionar os produtos da
razão e da cultura humana, por qual motivo Deus deveria influenciar na
história, nas escolhas, nas tradições, nas leis, em suma, na condução
civilizacional? Se o Deus revelado é inteiramente outro, o agnosticismo seria a
religião mais adequada ao Deus de Barth. A análise católica do pensamento de
Barth é realmente cortante, ainda que pareça superficial num primeiro instante,
pois captura o cerne do pensamento do suíço e elabora uma crítica difícil de
ser totalmente rebatida.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Ainda
que não seja o que Barth pensou quando teorizou sua teologia autônoma, de fato
a crítica católica parecia apresentar um ponto espinhoso para o teólogo, pois
ele passa os finais de seus dias remendando e reanalisando sua teologia em
vários aspectos. Para alguns, ele conseguiu desfazer os nós duros da crítica
romana, para outros, não.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">A teologia
católica, que desde cedo se apoiou na filosofia grega, de Agostinho a Santo
Tomás de Aquino, e posteriormente na revisão escolástica e renascentista, não
poderia se apoiar em Barth, dono de uma teologia “sola scriptura”, para fazer
suas considerações mais profundas. A Encíclica <i>Fides et ratio</i> [Fé e
razão] de 14 de outubro de 1998, de João Paulo II, apenas reafirma tal postura
da Igreja Católica e afasta sua teologia de quaisquer solas tipicamente
luteranas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Mas
com certeza a crítica teológica central de Barth e de Joseph Ratzinger, por
vezes, andaram juntas e pareciam se completar. Ambos condenaram a ideologização
do cristianismo, ambos foram favoráveis à emancipação eclesiástica ante ao
Estado totalitário, ambos condenaram doutrinalmente a releitura bíblica feita
pelos adeptos do comunismo teológico. Não à toa Ratzinger é considerado o maior
teólogo católico da contemporaneidade, conseguindo estabelecer um elo entre a
modernidade e a teologia tradicional do catolicismo; e Barth é considerado o maior
teólogo protestante da modernidade, conseguindo restabelecer a liberdade cristã
ante a utilização da revelação para fins políticos, e dando aos seus adeptos
uma plataforma teológica sólida de reflexão sobre Deus.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Repercussão e últimos
dias <o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Após a
Segunda Guerra Mundial, Barth se dedicou a formular mais profundamente sua
teologia. Em 1947 publicou seu curso em Bonn, <i>Dogmatik im Grundriss</i>
[Dogmática um esboço], livro preciso para compreender as revisões teológicas
feitas por ele após o amadurecimento de suas ideias e as ditas “críticas
católicas”. Nessa altura, seu prestígio acadêmico e popular era enorme.
Ele foi convidado a palestrar, por exemplo, no Conselho Mundial das Igrejas em
Amsterdã, em 1962. No mesmo ano, por ocasião da publicação de sua obra <i>Einführung
in die evangelische Theologie</i> [Teologia Evangélica: Uma Introdução] foi
convidado pelas universidades de Princeton, Nova Jersey e Chicago. Conheceu
Roma após o Concílio Vaticano II e escreveu, com extremo bom humor e
cordialidade, sobre a ocasião. Ao todo, publicou 17 livros, sem contar os
inúmeros artigos e anotações.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">No
final de sua vida, costumava fazer visitas periódicas à prisão da Basileia,
demonstrando um forte espírito evangelista de seus tempos de pastor. Morreu
nessa mesma terra, em 10 de dezembro de 1968, aos 85 anos.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Fonte: </span><a href="https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/karl-barth-combateu-a-ideologizacao-do-cristianismo-e-a-releitura-biblica-do-comunismo-teologico/" style="font-family: Arial, sans-serif;">https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/karl-barth-combateu-a-ideologizacao-do-cristianismo-e-a-releitura-biblica-do-comunismo-teologico/</a></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-24406605368521981472022-12-04T01:05:00.003-08:002022-12-04T01:05:53.619-08:00Como a Estônia se tornou um dos países mais ricos da Europa Oriental<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbx5u-SQhHBOWFbzpMo_yKp5zTWNf2LTJoirfBHHvz1rSizhG4J7x4G86eBnU9_eLkFTAqNBkrekHR2oUrgJLlxCSIsE-QWi-yE-8es4GRtUiyGWshplWe4s_4I8SS1LUKpBLm1ZnsTt8pABG1iC-ArbFfxwPBJNJ7v0BM4crmIMPBJU8Pe4yG_hnTYg/s803/Estonia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="536" data-original-width="803" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbx5u-SQhHBOWFbzpMo_yKp5zTWNf2LTJoirfBHHvz1rSizhG4J7x4G86eBnU9_eLkFTAqNBkrekHR2oUrgJLlxCSIsE-QWi-yE-8es4GRtUiyGWshplWe4s_4I8SS1LUKpBLm1ZnsTt8pABG1iC-ArbFfxwPBJNJ7v0BM4crmIMPBJU8Pe4yG_hnTYg/s320/Estonia.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">Como a
Estônia - sim, a Estônia - se tornou um dos países mais ricos da Europa
Oriental<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></p><p></p><p></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Luis Pablo de la Horra*</span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> </span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br /></span></i></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A
Estônia é o exemplo vivo de que o progresso humano está intimamente ligado à
liberdade econômica.<o:p></o:p></span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><br /></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;"> A razão
de que alguns países são ricos e prósperos enquanto outros parecem estar
condenados ao flagelo da pobreza existe há séculos. Muitos fatores têm sido
apontados como determinantes da prosperidade: geográficos, culturais,
históricos etc.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">No
entanto, pelo menos desde a publicação em 1776 de A Riqueza das Nações, sabemos
que as instituições políticas e econômicas desempenham um papel decisivo a esse
respeito. O livre comércio, uma estrutura legal confiável que protege a
propriedade privada e faz cumprir os contratos e uma moeda sólida são condições
necessárias para que os países prosperem.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">O
surgimento e a consolidação de instituições que impulsionam o crescimento
levaram centenas de anos em países como o Reino Unido e os Estados Unidos. No
entanto, nas últimas décadas, vimos que as políticas certas podem acelerar
significativamente o desenvolvimento econômico. A Estônia é um exemplo
paradigmático disso.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">História
da Estônia<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Em 20
de agosto de 1991, a Estônia conquistou sua independência após 51 anos sob o
jugo do comunismo. O país foi ocupado pela primeira vez pelo Exército Vermelho
em junho de 1940 sob a égide do Pacto de Não Agressão Alemão-Soviético, pelo
qual os dois estados totalitários dividiram a Europa Oriental em esferas de
influência.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Um ano
depois, o exército nazista invadiu a União Soviética, ocupando a Estônia até
1944, quando os soviéticos retomaram o país. A instabilidade política na União
Soviética durante o início dos anos 90 precipitou a restauração da democracia
no país báltico.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9BtlbalA8M0NyleA3MDKwMtnQWwSMRTPUtG3k0p5CL3xNA16L6K_IhQisIgiQQLYyXeNelUS-bGSs5YcI3AYbPd0aDilN4NlfbljMr1bN_1gesP9gus9ypy7e76d_mfxd88k81Y_nKXeH0gJR40XzrUmg-ZFuRgHmEapwgW9k6APIMpYEkrMKY0TgRA/s706/2022-12-04_04h44_04.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="479" data-original-width="706" height="217" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9BtlbalA8M0NyleA3MDKwMtnQWwSMRTPUtG3k0p5CL3xNA16L6K_IhQisIgiQQLYyXeNelUS-bGSs5YcI3AYbPd0aDilN4NlfbljMr1bN_1gesP9gus9ypy7e76d_mfxd88k81Y_nKXeH0gJR40XzrUmg-ZFuRgHmEapwgW9k6APIMpYEkrMKY0TgRA/s320/2022-12-04_04h44_04.png" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Desde
o primeiro dia, o novo governo se comprometeu a realizar reformas voltadas para
o mercado que lançaram as bases para uma transição bem-sucedida do socialismo
para o capitalismo. A agenda política incluía a reforma monetária, a criação de
uma zona de livre comércio, um orçamento equilibrado, a privatização de
empresas estatais e a introdução de um imposto de renda de taxa fixa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu4XeGCpNNn91uzD1EB_06PtIwmR2iwf5oslZhMQTGDElMQBXqG1F5bfwkubAba-r5653YANeDkY6IR9IdMBGB2JjZwusAiSRpQAgR1ErLju6Q89ABh_ULlvPFyAmdyl-i8wcCuyI6yR3JfJydcTaRgcoJl40dW0I8TvJ-WrOr9wPch14jfw3-QB49cw/s707/2022-12-04_04h44_42.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="473" data-original-width="707" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgu4XeGCpNNn91uzD1EB_06PtIwmR2iwf5oslZhMQTGDElMQBXqG1F5bfwkubAba-r5653YANeDkY6IR9IdMBGB2JjZwusAiSRpQAgR1ErLju6Q89ABh_ULlvPFyAmdyl-i8wcCuyI6yR3JfJydcTaRgcoJl40dW0I8TvJ-WrOr9wPch14jfw3-QB49cw/s320/2022-12-04_04h44_42.png" width="320" /></a></div><br /><p></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"> Um dos
arquitetos dessa agenda pró-mercado foi Mart Laar, primeiro-ministro da Estônia
durante dois períodos: 1992-1994 e 1999-2002. Laar afirmou que se inspirou no <i>best-seller</i>
de Milton Friedman, <i>Free to Choose</i>, para implementar seu ambicioso plano
de reforma de livre mercado.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Essas
reformas abriram caminho para o incrível aumento nos padrões de vida que a
Estônia experimentou desde a independência. Hoje, a Estônia é considerada um
país de alta renda pelo Banco Mundial, e é membro da UE e da zona do euro. O
poder de compra dos estonianos aumentou 400% nas últimas duas décadas, apesar
do forte impacto que a crise financeira de 2008 teve nas economias bálticas.
Além disso, a expectativa de vida passou de 66 anos em 1994 para 77 anos em
2016.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">A
Estônia está classificada entre os principais países em termos de liberdade
econômica. As finanças do governo são saudáveis, como demonstrado pelo fato de
que a dívida pública é de apenas 9,5% do PIB. Em termos de mercado de trabalho,
a taxa de desemprego da Estônia é de 5,3%, bem abaixo da média da UE. Por fim,
seu eficiente e atraente sistema tributário corporativo (lucros não
distribuídos não são tributados) colocou a Estônia como um centro mundial para
empresas de alta tecnologia, impulsionando os investimentos estrangeiros e o
crescimento econômico.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt;">Quando
comparada com as outras ex-repúblicas soviéticas, o progresso da Estônia é
ainda mais surpreendente. Em termos de renda ajustada pela Paridade do Poder de
Compra, a Estônia ocupa o primeiro lugar, à frente de países como a Rússia ou a
Letônia, e bem acima da renda mediana. A imagem é semelhante quando se trata de
outros indicadores como expectativa de vida ou taxa de mortalidade infantil,
onde a Estônia mostra que o progresso econômico tem um impacto real nos padrões
de vida das pessoas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">A
Estônia é o exemplo vivo de que o progresso humano está intimamente ligado à
liberdade econômica</span></b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 107%;">. No entanto, existem muitos outros. Países que
até então eram extremamente pobres estão abandonando a lama do
subdesenvolvimento e abraçando a prosperidade graças ao capitalismo. As
receitas para o crescimento econômico e o progresso são conhecidas. A única
coisa que podemos fazer é espalhar a palavra para que todos os países tenham a
oportunidade de melhorar seus padrões de vida, como a Estônia fez no início dos
anos 1990.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;">* <i>Luis
Pablo De La Horra é bacharel em inglês e mestre em finanças. Ele escreve para
FEE, Instituto de Assuntos Econômicos e Speakfreely.today.<o:p></o:p></i></span></p><br /><p></p><p>Fonte: <a href="https://fee.org/articles/how-estonia-yes-estonia-became-one-of-the-wealthiest-countries-in-eastern-europe/?fbclid=IwAR0DhkVAc0P48CNMFMUqawJFDsdS3HOLz4qXIijTmyxpvhqzK2ECwFN-Up4">https://fee.org/articles/how-estonia-yes-estonia-became-one-of-the-wealthiest-countries-in-eastern-europe/?fbclid=IwAR0DhkVAc0P48CNMFMUqawJFDsdS3HOLz4qXIijTmyxpvhqzK2ECwFN-Up4</a></p><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-65214495582370289592022-09-26T17:56:00.000-07:002022-09-26T17:56:22.169-07:00Não, Jesus não era um socialista<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdIPFoGuR32NZxANCo5eM-QmywQ64ZLqdeAkIzKahJtTiKAR0KVBHJM09ng5LB98H83XHSc6MyVLKzOjRr79Xgq_2lfYByKniz34qu708IneUCzU5Tk5Qp4wdQJFFmn4w_9QI_IoyM7vewyyQ9aUehpW8lZuf-4ZFgdmVg1HbSIR1a0Q9KBfVEld1F3w/s1800/jesus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="554" data-original-width="1800" height="154" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdIPFoGuR32NZxANCo5eM-QmywQ64ZLqdeAkIzKahJtTiKAR0KVBHJM09ng5LB98H83XHSc6MyVLKzOjRr79Xgq_2lfYByKniz34qu708IneUCzU5Tk5Qp4wdQJFFmn4w_9QI_IoyM7vewyyQ9aUehpW8lZuf-4ZFgdmVg1HbSIR1a0Q9KBfVEld1F3w/w503-h154/jesus.jpg" width="503" /></a></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><h3 style="text-align: center;"><b><span style="font-size: large;">Não, Jesus não era um socialista</span></b></h3><o:p><div style="text-align: center;"><i><br /></i></div><div style="text-align: center;"><i><span style="font-size: medium;">Lawrence W. Reed</span></i></div></o:p><o:p><div style="text-align: center;"> </div></o:p><div style="text-align: center;"><i>“A caridade cristã, sendo voluntária e sincera, é
totalmente distinta das imposições compulsórias e impessoais do Estado.”</i></div><o:p><div style="text-align: center;"> </div></o:p></div><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">A afirmação de que Jesus Cristo era um socialista
tornou-se um refrão popular entre os esquerdistas, mesmo entre alguns cujo
cristianismo é, na melhor das hipóteses, morno. Mas há alguma verdade nisso?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Essa pergunta não pode ser respondida sem uma
definição confiável de socialismo. Há um século, ele era amplamente considerado
como sendo a propriedade estatal dos meios de produção. Jesus nem uma vez
sequer insinuou esse conceito, muito menos o endossou. No entanto, a definição
mudou ao longo do tempo. Quando as críticas de economistas como Ludwig von
Mises, F. A. Hayek e Milton Friedman demoliram qualquer argumento intelectual
para a forma original de socialismo, e a realidade provou que eles estavam
devastadoramente certos, os socialistas mudaram para outra versão: o
planejamento central da economia.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Pode-se vasculhar o Novo Testamento e não se
encontrará nenhuma palavra de Jesus que exija poder de políticos ou burocratas
para alocar recursos, escolher vencedores e perdedores, dizer aos empresários
como administrar seus negócios, impor salário mínimo ou preços máximos, obrigar
trabalhadores a se filiarem a sindicatos, ou mesmo para aumentar os impostos.
Quando os fariseus tentaram enganar Jesus de Nazaré para endossar a evasão
fiscal, ele permitiu que outros decidissem o que pertence ao Estado,
respondendo: “Dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">No entanto, uma das acusações que levaram à
crucificação de Jesus foi, de fato, o incentivo a não pagar tributos a César.<o:p></o:p></p><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><br /></o:p><b>Alterando a Definição<br /></b><o:p> </o:p></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Com a reputação de planejadores centrais no lixo em
todo o mundo, os socialistas passaram em grande parte para uma ênfase
diferente: o estado de bem-estar. O socialismo de Bernie Sanders e sua jovem
aliada Alexandria Ocasio-Cortez é o do Estado benevolente e igualitário onde o
rico Pedro é roubado para pagar o pobre Paulo. É caracterizado por muitas
“coisas gratuitas” do governo – o que obviamente não é gratuito. É bastante
caro tanto em termos de taxas burocráticas de corretagem quanto na dependência
desmoralizante que produz entre seus beneficiários. É isso que Jesus tinha em
mente?<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Dificilmente. Sim, em meio ao feriado, é
especialmente oportuno pensar em ajudar os pobres. Afinal, era uma parte muito
importante da mensagem de Jesus. Como ajudar os pobres deve ser feito, no
entanto, é muito importante.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os cristãos são direcionados nas Escrituras a amar,
orar, ser bondosos, servir, perdoar, ser verdadeiros, adorar o único Deus,
aprender e crescer tanto em espírito quanto em caráter. Todas essas coisas são
muito pessoais. Eles não exigem políticos, policiais, burocratas, partidos
políticos ou programas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">“Os pobres você sempre terá com você, e você pode
ajudá-los quando quiser”, diz Jesus em Mateus 26:11 e Marcos 14:7. As
palavras-chave que existem são: você pode ajudar e quer ajudar. Ele não disse:
“Vamos fazer você ajudar, goste ou não”.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Em Lucas 12:13-15, Jesus é abordado com um pedido de
redistribuição. “Mestre, fale com meu irmão para que ele reparta a herança
comigo”, um homem pede. Jesus respondeu: “Homem, quem me constituiu juiz ou
divisor de vocês?” Então ele repreendeu o peticionário por sua inveja.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">O Cristianismo não se refere a passar a
responsabilidade para o governo quando se trata de aliviar a situação dos
pobres. Cuidar deles significa ajudá-los a superar a situação; não pagá-los
para permanecerem pobres ou torná-los dependentes do Estado é um fato essencial
na vida de um verdadeiro cristão há 2.000 anos. A caridade cristã, sendo
voluntária e sincera, é totalmente distinta das imposições compulsórias e
impessoais do Estado.<o:p></o:p></p><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></div><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p><br /></o:p><b>O que as Escrituras dizem?<br /></b><o:p> </o:p></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Mas não acredite na minha palavra. Considere o que o
apóstolo Paulo diz em 2 Coríntios 9:7: “Cada um de vocês deve dar o que decidiu
em seu coração dar, não com relutância ou por obrigação, pois Deus ama quem dá
com alegria.”<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">E na Parábola do Bom Samaritano de Jesus, o viajante
é considerado “bom” porque ajudou pessoalmente o ferido na beira da estrada com
seu próprio tempo e recursos. Se, em vez disso, ele tivesse instado o sujeito
indefeso a esperar a chegada de um cheque do governo, provavelmente o
conheceríamos hoje como o Samaritano Imprestável.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Jesus claramente sustentou que a compaixão é um
valor saudável para se ter, mas não conheço nenhuma passagem no Novo Testamento
que sugira que seja um valor que ele imporia à força ou à mão armada – em
outras palavras, pela política socialista.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os socialistas gostam de sugerir que Jesus
desdenhava os ricos, citando dois momentos particulares: sua atitude perante os
mercadores do Templo e sua observação de que é mais fácil um camelo passar pelo
buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus. No primeiro caso,
Jesus ficou zangado porque a casa de Deus estava sendo mal utilizada. Na
verdade, ele nunca expulsou um negociante de um banco ou do mercado. Na
segunda, ele estava avisando que com grandes riquezas, também vêm grandes
tentações.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Estas eram advertências contra prioridades
equivocadas, não mensagens de guerra de classes.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">----------------------<br /><o:p> <br /></o:p>Texto publicado originalmente em inglês no link:<br /><a href="https://fee.org/articles/no-jesus-wasnt-a-socialist/?fbclid=IwAR0pK9ftapJwuv0FfOJ3TgXb8OB_T3BAOlsdKfnNXEDqAd6g_HXjt_tKgwk"><span style="font-size: xx-small;">https://fee.org/articles/no-jesus-wasnt-a-socialist/?fbclid=IwAR0pK9ftapJwuv0FfOJ3TgXb8OB_T3BAOlsdKfnNXEDqAd6g_HXjt_tKgwk</span><br /></a><o:p> <br /></o:p><span style="font-family: "Calibri",sans-serif; font-size: 11.0pt; line-height: 107%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Fonte: FEE – Foundation for Economic Education</span></div><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-65402251882905460612022-09-21T14:53:00.004-07:002022-09-22T05:43:19.016-07:00Progressismo ilusório<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHgtnUsCjeA29Mhl2ts2nmnET8vjL9koTvLDGurmFgDkR_TBAlAU4NoMNDw3futr2IaVBdicugHxiFCpPaso91bFxl2kEMNxG24J9bRjRnD7KwpN2qD0cgQWgmkQYBh2jMuXRY63IWMXJ60ewIA2JnqiXdfBHFNYPzV0VHvDUgkv2JZo0ufXGa5PInrQ/s1078/saber-que-alguem-esta-hipnotizado.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="516" data-original-width="1078" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHgtnUsCjeA29Mhl2ts2nmnET8vjL9koTvLDGurmFgDkR_TBAlAU4NoMNDw3futr2IaVBdicugHxiFCpPaso91bFxl2kEMNxG24J9bRjRnD7KwpN2qD0cgQWgmkQYBh2jMuXRY63IWMXJ60ewIA2JnqiXdfBHFNYPzV0VHvDUgkv2JZo0ufXGa5PInrQ/s320/saber-que-alguem-esta-hipnotizado.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-size: 12pt;">Progressismo ilusório<o:p></o:p></span></b></p>
<div style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><div style="text-align: center;"><i> </i></div><div style="text-align: center;"><i>Marco Milani</i></div><o:p><div style="text-align: center;"><i> </i></div></o:p></div>
<p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Em um contexto efetivamente progressista, o
movimento dialético sinaliza para o constante aprimoramento das ideias e das
relações humanas diante de contradições e divergências existentes, reforçando o
que deu certo e revendo o que não foi satisfatório ou aquilo que pode e deve ser
melhorado. Trata-se de dinamismo natural de diferentes aspectos da vida em
sociedade e contribui para o avanço e aplicação do conhecimento acumulado e
inovações.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Nesse sentido, o verdadeiro progressismo abraça e respeita
diferentes ideias e cosmovisões, de maneira a promover um diálogo necessário e
tolerante, para se identificar os pontos antagônicos e semelhantes que
resultariam em uma síntese temporária para servir de referência a novos aperfeiçoamentos
diante dos fatos e da razão.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Uma característica fundamental desse processo é a preservação
do que se mostra válido e útil sem buscar-se o seu desvirtuamento, ou seja, não
se objetiva destruir o que já foi conquistado fruto desse mesmo movimento evolutivo,
mas busca-se novos aprimoramentos diante do aumento do conhecimento sobre a realidade
sem prejuízo à situação geral. Progresso, portanto, não implica destruição ou
substituição integral do passado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Sob a perspectiva hegeliana, o saudável embate de
ideias fomenta a dialogicidade entre todas as partes, portanto, qualquer um que
se colocar a favor do aprimoramento do conhecimento e das relações humanas, independentemente
de preferências e rótulos políticos, é progressista.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Ardilosamente, entretanto, o termo foi capturado por
estrategistas para designar, exclusivamente, determinado segmento político-ideológico
e estigmatizar todos os adversários como contrários ao progresso. Dessa
maneira, procurou-se ressignificar o termo progressista ao vinculá-lo a uma
agenda ideológica que separa o mundo, sob uma ótica maniqueísta, entre bons e
maus, oprimidos e opressores, humanistas e misantropos, caridosos e egoístas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Assim, ao descaracterizar o seu significado original
e subverter a abrangência de seu sentido, tenta-se monopolizar as virtudes e
demonizar ideias antagônicas, contrariando a essência do processo dialético.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Igualmente à subversão semântica, termos
tradicionalmente presentes e relevantes na história política ocidental, como
liberal e conservador, passaram a ser maliciosamente utilizados pelos novos “progressistas”
como sinônimos de ganância, atraso e imobilismo. Com esses novos significados, justificar-se-iam
ações violentas e regimes totalitários para livrar a sociedade da presença desses
seres moralmente desprezíveis. Essa atitude expressa a contradição daqueles que
se afirmam democráticos e tolerantes, mas não suportam o diferente.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">Os fatos, entretanto, desmentem as narrativas
criadas para iludir e vilipendiar a população em geral sobre o que realmente
favorece as relações humanas e o progresso econômico. Países compatíveis com essa
ressignificação não costumam apresentar os resultados prometidos. Que o digam
os regimes “progressistas” de Cuba, Coreia do Norte e Venezuela. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><i>* Marco Milani é Economista, Pós-Doutor pela Universidade de Salamanca (Espanha) e Livre-Docente pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).</i><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-13566289086058750622022-07-27T15:04:00.001-07:002022-07-27T15:04:31.166-07:005 coisas que Marx queria abolir (além da propriedade privada)<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxrpIWZ-JXa-hNTTPtXNaoli2XdXwVPlzCwGS75ZaVjLkmdTHeZWA9Hpq3plqOghn8sWESc2EPFugC2xNoj3NEfSzp5d89py6NRrb5cgB6J66byzTYB16h5OKB7OPVlJlz-dVdNn4xVJ4SSmjlh0SBap4_8iyuv-sXWxB3N-325K1tDvz7zRWdOhntw/s1800/chemnitz-marx-monument.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1800" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhoxrpIWZ-JXa-hNTTPtXNaoli2XdXwVPlzCwGS75ZaVjLkmdTHeZWA9Hpq3plqOghn8sWESc2EPFugC2xNoj3NEfSzp5d89py6NRrb5cgB6J66byzTYB16h5OKB7OPVlJlz-dVdNn4xVJ4SSmjlh0SBap4_8iyuv-sXWxB3N-325K1tDvz7zRWdOhntw/s320/chemnitz-marx-monument.jpg" width="320" /></a></div><br /><p></p><p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt; line-height: 107%;"><br />5
coisas que Marx queria abolir (além da propriedade privada)<o:p></o:p></span></b></p>
<p align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><i><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Jonathan Miltimore</span></i></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Todos nós sabemos que Marx queria se
livrar da propriedade privada, mas ele foi extremamente franco em querer abolir
essas coisas também.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Uma das coisas notáveis sobre </span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">O manifesto
comunista</i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> é sua honestidade.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">Karl Marx pode não ter sido um cara
muito bom, mas foi refrescantemente sincero sobre os objetivos do comunismo.
Essa ousadia, pode-se argumentar, está incrustada na psique comunista.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Os comunistas desprezam esconder suas
visões e objetivos”, declarou Marx em seu famoso manifesto. “Eles declaram
abertamente que seus fins só podem ser alcançados pela derrubada forçada de
todas as condições sociais existentes. Deixe as classes dominantes tremerem
diante de uma revolução comunista.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Como o </span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">Mein Kampf</i><span style="font-family: Arial, sans-serif;"> de Hitler, os
leitores são apresentados a uma visão pura e não diluída da ideologia do autor
(por mais sombria que seja).</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">O manifesto de Marx é famoso por resumir
sua teoria do comunismo em uma única frase: “Abolição da propriedade privada”.
Mas esta não era a única coisa que o filósofo acreditava que deveria ser
abolida da sociedade burguesa na marcha do proletariado para a utopia. Em seu
manifesto, Marx destacou, adicionalmente, cinco ideias e instituições a serem
erradicas.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">1. A Família<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marx admite que destruir a família é um
tema espinhoso, mesmo para revolucionários. “Abolição da família! Até os mais
radicais se irritam com essa infame proposta dos comunistas”, escreve ele.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas ele disse que os oponentes dessa
ideia não conseguem entender um fato-chave sobre a família.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Em que fundamento se baseia a família
atual, a família burguesa? No capital, no ganho privado. Em sua forma
completamente desenvolvida, a família existe apenas na burguesia”, escreve ele.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ele destaca que abolir a família seria
relativamente fácil uma vez que a propriedade burguesa fosse abolida. “A
família burguesa desaparecerá naturalmente quando seu complemento desaparecer,
e ambos desaparecerão com o desaparecimento do capital.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">2. Individualidade<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marx acreditava que a individualidade
era antitética ao igualitarismo que ele imaginava. Portanto, o “indivíduo” deve
“ser varrido do caminho e tornado impossível”. A individualidade era uma
construção social de uma sociedade capitalista e estava profundamente
entrelaçada com o próprio capital.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Na sociedade burguesa o capital é
independente e tem individualidade, enquanto a pessoa viva é dependente e não
tem individualidade”, escreveu. “E a abolição desse estado de coisas é chamada
pelos burgueses de abolição da individualidade e da liberdade! E com razão. A
abolição da individualidade burguesa, da independência burguesa e da liberdade
burguesa é indubitavelmente visada”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">3. Verdades eternas<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marx não parecia acreditar que qualquer
verdade existisse além da luta de classes.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“As ideias dominantes de cada época
sempre foram as ideias de sua classe dominante”, argumentou. “Quando o mundo
antigo estava em seus últimos estertores, as religiões antigas foram superadas
pelo cristianismo. Quando as ideias cristãs sucumbiram no século 18 às ideias
racionalistas, a sociedade feudal travou sua batalha mortal com a então
burguesia revolucionária.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Ele reconheceu o quão radical essa ideia
soaria para seus leitores, principalmente porque o comunismo não procura
modificar a verdade, mas derrubá-la. Mas ele argumentou que essas pessoas
estavam perdendo o quadro maior.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“‘Sem dúvida’, dir-se-á, ‘as ideias
religiosas, morais, filosóficas e jurídicas foram modificadas no curso do
desenvolvimento histórico. Mas religião, moralidade, filosofia, ciência
política e direito sobreviveram constantemente a essa mudança. Há, além disso,
verdades eternas, como Liberdade, Justiça, etc., que são comuns a todos os
estados da sociedade. Mas o comunismo abole as verdades eternas, abole toda
religião e toda moral, em vez de constituí-las sobre uma nova base; portanto,
age em contradição com toda a experiência histórica passada.' A que se reduz
esta acusação? A história de toda a sociedade passada consistiu no
desenvolvimento de antagonismos de classe, antagonismos que assumiram
diferentes formas em diferentes épocas”.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">4. Nações<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os comunistas, disse Marx, são
censurados por tentarem abolir os países. Essas pessoas não entendem a natureza
do proletariado, escreveu ele.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Os trabalhadores não têm pátria. Não
podemos tirar deles o que eles não têm. Uma vez que o proletariado deve, antes
de tudo, adquirir a supremacia política, deve elevar-se para ser a classe
dirigente da nação, deve constituir-se a nação, até agora é nacional, embora
não no sentido burguês da palavra.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Além disso, em grande parte por causa do
capitalismo, ele viu as hostilidades entre pessoas de diferentes origens
retrocederem. À medida que o proletariado crescesse no poder, logo não haveria
necessidade de nações, escreveu ele.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“As diferenças nacionais e os
antagonismos entre os povos desaparecem cada vez mais, devido ao
desenvolvimento da burguesia, à liberdade de comércio, ao mercado mundial, à
uniformidade do modo de produção e das condições de vida a ele
correspondentes.”</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">5. O Passado<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Marx via a tradição como uma ferramenta
da burguesia. A adesão ao passado serviu como mera distração na busca do
proletariado por emancipação e supremacia.</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif;">“Na sociedade burguesa”, escreveu Marx,
“o passado domina</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">-------------</span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;">* Jonathan Miltimore é o editor
administrativo da FEE.org. Suas matérias têm sido temas de artigos na revista
TIME, The Wall Street Journal, CNN, Forbes, Fox News e Star Tribune.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Fonte: </span><a href="https://fee.org/articles/5-things-marx-wanted-to-abolish-besides-private-property/" style="font-family: Arial, sans-serif;">https://fee.org/articles/5-things-marx-wanted-to-abolish-besides-private-property/</a></p>
<p class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-53578675444610854192022-05-09T13:03:00.010-07:002022-05-09T13:03:58.396-07:00Origem dos princípios econômicos da Escola Austríaca<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB-oQOFbiiB5jRjEp-IGEPaA19UblpjNuU8pYq16sGsQXc1wjmheW9UtmA4gpZtNZ1O2kQboNdCXYCg1s9YOZP9G-DOUnDZZMjyCmrmq7s2Wg9kSm5hFtn-sn1k2LtumvDHTZ1hSDWHiVLjNea8IUtIQEwLLk-4dT_R5WJqBg9IDcrxVATuAopbVigRg/s206/logo_white.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="206" data-original-width="150" height="206" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgB-oQOFbiiB5jRjEp-IGEPaA19UblpjNuU8pYq16sGsQXc1wjmheW9UtmA4gpZtNZ1O2kQboNdCXYCg1s9YOZP9G-DOUnDZZMjyCmrmq7s2Wg9kSm5hFtn-sn1k2LtumvDHTZ1hSDWHiVLjNea8IUtIQEwLLk-4dT_R5WJqBg9IDcrxVATuAopbVigRg/s1600/logo_white.jpg" width="150" /></a></div><p align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: center;"><b><span style="font-size: 14.0pt;">Origem dos princípios econômicos
da Escola Austríaca<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b>A história da Escola Austríaca começa no século XV,</b> quando
os seguidores de São Tomás de Aquino, que escreviam e lecionavam na
Universidade de<b> Salamanca, na Espanha, </b>procuraram entender e
explicar toda a completa extensão da ação humana e da organização social.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p>Esses <b>Escolásticos Tardios </b>perceberam a existência de
leis econômicas - forças inexoráveis de causa e efeito que operam de maneira
muito parecida às outras leis naturais. </p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p>Durante o curso de várias gerações, eles descobriram e explicaram as
leis da oferta e da demanda, as causas da inflação, o funcionamento das taxas
de câmbio, e a natureza subjetiva do valor econômico.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Os Escolásticos Tardios eram defensores dos direitos de propriedade e
da liberdade de comércio e de contrato. Eles louvavam a contribuição que
os negócios traziam para a sociedade, ao mesmo tempo em que tenazmente se
opunham aos impostos, controles de preços e regulamentações que inibiam a livre
iniciativa.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Como teólogos morais, eles incitavam governos a seguirem uma postura
ética de condenação ao roubo e ao homicídio. E eles foram fiéis à regra de
Ludwig von Mises: a principal função de um economista é dizer aos governos o
que eles não podem fazer.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">O primeiro tratado geral de economia, Essay on the Nature of Commerce
(Um Ensaio Sobre a Natureza do Comércio), foi escrito em 1730 por <b>Richard
Cantillon</b>, um homem educado na tradição escolástica.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Cantillon foi seguido por <b>Anne Robert Jacques Turgot</b>, o aristocrata
francês pró-mercado e ministro das finanças no<i> ancien regime.</i> Seus
escritos econômicos foram poucos, porém profundos. Sua dissertação "Value
and Money (Valor e Dinheiro)" decifrou as origens do dinheiro, e a
natureza da escolha econômica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Turgot foi o pai intelectual de uma grande linhagem de grandes
economistas franceses dos séculos XVIII e XIX, mais proeminentemente <b>Jean
Baptiste Say e Claude-Frédéric Bastiat. </b>Say foi o primeiro economista
a pensar profundamente sobre método econômico.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Em 1871, <b>Carl Menger</b>, o fundador da Escola Austríaca
propriamente dita, ressuscitou a abordagem econômica franco-escolástica, e a
assentou sobre pilares mais firmes com a publicação de Principles of
Economics (Princípios de Economia Política).</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">O livro de Menger foi o alicerce da <b>"revolução
marginalista" </b>na história da ciência econômica.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Menger restaurou a economia como a ciência da ação humana baseada na
lógica dedutiva, e preparou o caminho para que os teóricos seguintes se
opusessem à influência do pensamento socialista.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Outro grande pensador austríaco foi <b>Eugen von Böehm-Bawerk,</b> admirador
e seguidor de Menger na Universidade de Innsbruck, pegou a exposição de Menger,
reformulou-a e aplicou-a a uma gama de novos problemas envolvendo valor, preço,
capital e juros. Suas pesquisas e escritos que <b>solidificaram o status
da Escola Austríaca como sendo uma maneira unificada de encarar os problemas
econômicos.</b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Esses pensadores aqui citados abriram caminho e deram origem a essa
escola de pensamento que mudou o rumo das ciências econômicas.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Foi sobre os ombros deles que grandes economistas como <b>Ludwig von
Mises, Friedrich Hayek, Murray Rothbard</b> se apoiaram.</p><p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><b>Compreender a Escola Austríaca é entender a economia de verdade!</b></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p> </p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">Fonte: Instituto Mises Brasil - <a href="https://mises.org.br/">https://mises.org.br/</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><o:p> </o:p></p><br /><p></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-44944455194176781422021-02-03T11:59:00.001-08:002021-02-03T11:59:19.233-08:00A única conclusão sensata para um socialista é desistir do socialismo<div style="text-align: justify;"><div> <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhVMRbh6_oDJjsDLA23Yq3ukqow5hlviqjVhBtyHLrfoMjgHERaGfz1Do_IUyz1_EmFa9bAb6LYHEZ8_T_qFZ5upII7MnrkWeU5PDbCMUXkSIRq2HqVkxHGL07CTv_v1PNLbmZM_vPyXQD/s309/Kristian.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="174" data-original-width="309" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhVMRbh6_oDJjsDLA23Yq3ukqow5hlviqjVhBtyHLrfoMjgHERaGfz1Do_IUyz1_EmFa9bAb6LYHEZ8_T_qFZ5upII7MnrkWeU5PDbCMUXkSIRq2HqVkxHGL07CTv_v1PNLbmZM_vPyXQD/s0/Kristian.jpg" /></a></div></div><div><br /></div><div style="text-align: center;"><b><span style="font-size: medium;">“A única conclusão sensata para um socialista é desistir do socialismo”</span></b></div><div style="text-align: center;"><br /></div><div style="text-align: center;"><i>Entrevista com Kristian Niemietz, publicada no jornal Gazeta do Povo, em 19/07/2019</i></div><div><br /></div><div>Regimes socialistas foram exemplos de fracasso nas últimas décadas: União Soviética, Cuba e Coreia do Norte são retratos de colapso do modelo. Ainda assim, governos contemporâneos tentam repetir experimentos socialistas.</div><div><br /></div><div>Para Kristian Niemietz, autor do livro Socialism: The Failed Idea That Never Dies [Socialismo: a ideia fracassada que nunca morre], o socialismo sempre se reapresenta afirmando que não repetirá erros do passado, mas acaba repetindo-os novamente. "O socialismo não pode ser melhorado", afirma Niemietz.</div><div><br /></div><div>Segundo ele, as falhas do socialismo são inerentes ao seu modelo. "Não é simplesmente uma questão de aprender as lições do fracasso de regimes socialistas anteriores. Uma vez que um socialista tenha aprendido as lições certas, ele não pode mais ser um socialista. A única conclusão sensata é desistir completamente do socialismo". Confira:</div><div><br /></div><div><b>Quais são as razões por trás do surgimento de um regime socialista?</b></div><div><br /></div><div>Os regimes socialistas surgem por razões muito distintas. A Revolução de Outubro de 1917, na Rússia, foi um golpe realizado por um pequeno grupo de militantes, tornado possível pelo caos e instabilidade da Primeira Guerra Mundial. Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria dos países da Europa Central e Oriental tinham o socialismo imposto pela União Soviética. Algumas revoluções socialistas tinham apoio das massas, pelo menos inicialmente. Elas podem surgir por razões com as quais até um antissocialista convicto pode simpatizar, como a oposição a um opressor colonial ou a uma ditadura sombria, como Cuba em 1959 e Nicarágua em 1979. E, embora seja raro, há também exemplos de governos socialistas democraticamente eleitos: Allende, no Chile em 1970, e Chávez, na Venezuela em 1998. E, mais uma vez, 2000, 2006 e 2012.</div><div><br /></div><div><b>Em seu livro, você fala de uma fase de lua de mel no socialismo. Como é o ciclo típico?</b></div><div><br /></div><div>O problema fundamental de debater o socialismo é que a maioria dos socialistas não aceita nenhuma evidência do mundo real. Sempre que o socialismo falha, eles dizem: "Ah, mas isso não era socialismo real". O que mostro em meu livro é que essa afirmação geralmente é feita apenas em retrospecto, isto é, depois que um sistema socialista já foi amplamente desacreditado. Enquanto o sistema está em seu apogeu, quase ninguém afirma que não é "realmente" socialista. Durante esse "período de lua-de-mel", aquele período de sucesso inicial de curta duração, os sistemas socialistas são amplamente elogiados pelos intelectuais ocidentais. Quando suas falhas não podem mais ser negadas, os intelectuais ocidentais começam a dar desculpas para eles. E, depois de um tempo, eles simplesmente dizem que esses sistemas nunca foram socialistas de verdade</div><div><br /></div><div>O exemplo mais recente é o da Venezuela. De 2005 a 2013, Chávez foi entusiasmadamente elogiado por muitos analistas ocidentais de destaque. Daí, quando a crise chegou, esses mesmos analistas deram justificativas, culpando, por exemplo, a queda do preços do petróleo. Agora, muitos deles afirmam que a Venezuela nunca foi socialista e que a experiência venezuelana não nos diz nada sobre o socialismo. Quase todas as experiências socialistas passam por esses estágios. A União Soviética fez isso na década de 1930, a China e o Vietnã na década de 1960 e no início da década de 1970.</div><div><b><br /></b></div><div><b>O que chama a atenção dos intelectuais? Por que eles são atraídos para o socialismo?</b></div><div><br /></div><div>O capitalismo é contraintuitivo. A maioria das pessoas, não apenas os intelectuais, intuitivamente não gosta dele e sentem instintivamente que ele é errado. Não gostamos das grandes empresas, não gostamos dos ricos, não gostamos do lucro. É assim que nossos cérebros são programados. Assim, o socialismo nos chega natural e facilmente. Por outro lado, apreciar os benefícios da economia de mercado requer algum esforço e autodisciplina intelectual.</div><div><br /></div><div>Isso serve não apenas para os intelectuais, mas os intelectuais pensam mais nessas questões do que qualquer outra pessoa. Eles também são mais capazes de racionalizar os fracassos de suas idéias e usar sofismas para chegar à conclusão que desejam alcançar.</div><div><br /></div><div>Se você for uma pessoa mais prática, verá a diferença entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, entre a antiga Alemanha Ocidental e Oriental ou entre a Venezuela e a Colômbia e pensará: "Certo, o capitalismo, quaisquer que sejam suas falhas, claramente é o melhor sistema". Mas, se você é intelectual, será capaz de apresentar razões para se convencer de que nenhuma dessas comparações nos diz algo, que não eram o socialismo "real", que o socialismo "real" seria muito melhor do que capitalismo.</div><div><br /></div><div><b>Como os regimes socialistas ficaram pobres e acabaram com a liberdade? No nível econômico, por que os governos socialistas fracassam?</b></div><div><br /></div><div>As economias capitalistas têm uma série de pontos fortes que as tornam imensamente superiores às socialistas. Por exemplo, o mercado é um processo de tentativa e erro. Em uma economia de mercado, podemos tentar várias coisas diferentes e ver o que funciona. Uma economia socialista não tem isso.</div><div><br /></div><div>Além disso, as economias de mercado são coordenadas pelos preços de mercado e os preços de mercado são uma maneira extremamente eficaz de coletar e transmitir informações. As economias socialistas não podem substituir esta função dos preços de mercado.</div><div><br /></div><div>Então os países socialistas acabam enfrentando problemas econômicos, sobretudo a escassez. Os políticos socialistas geralmente reagem a isso culpando "sabotadores" e "especuladores" imaginários por esses problemas. Esse é um dos modos pelos quais os sistemas socialistas se tornam autoritários.</div><div><br /></div><div><b>Quais são os erros mais comuns do socialismo? Até que ponto os regimes socialistas aprendem com os erros das experiências passadas?</b></div><div><br /></div><div>Um erro comum é a crença de que uma economia pode ser planejada democraticamente, pelo povo ou pela "classe trabalhadora" como um todo. Como isso deveria funcionar? Para planejar uma economia, são necessárias quantidades colossais de informações altamente técnicas e altamente especializadas. Isso simplesmente não pode ser feito de maneira democrática. Isso só pode ser feito de maneira tecnocrática, de cima para baixo.</div><div><br /></div><div>Novos regimes socialistas geralmente concluem que os regimes socialistas anteriores simplesmente nunca tentaram realmente democratizar suas economias. Eles concluem que o caráter tecnocrático desses regimes foi o resultado de uma escolha deliberada. Que as pessoas no poder queriam que fosse assim. Que eles foram corrompidos ou não entenderam o socialismo.</div><div><br /></div><div>Esta foi, em grande parte, a retórica de Hugo Chávez em meados dos anos 2000. Foi assim que ele falou sobre a União Soviética. Eles teriam tido um entendimento errado do socialismo, segundo ele. O socialismo dele seria diferente. Hoje, a propaganda chavista soa como a propaganda soviética. Eles se transformaram exatamente naquilo que queriam evitar.</div><div><br /></div><div>O socialismo não pode ser melhorado. Suas falhas são inerentes. Não é simplesmente uma questão de aprender as lições do fracasso de regimes socialistas anteriores. Uma vez que um socialista tenha aprendido as lições certas, ele não pode mais ser um socialista. A única conclusão sensata é desistir completamente do socialismo.</div><div><b><br /></b></div><div><b>Existe algum modelo em que os governos socialistas possam ter sucesso?</b></div><div><br /></div><div>O Estado tem um papel a desempenhar na vida econômica e pode fazer algum bem. Existem algumas economias de sucesso que têm grandes setores públicos, como a Suécia, a Dinamarca e a Finlândia. Mas essas não são economias socialistas. São economias relativamente liberais. Eles podem pagar altos impostos porque eles acertam muitas outras coisas.</div><div><br /></div><div>Mesmo assim, esse modelo social-democrata só funciona em circunstâncias especiais. Os países nórdicos também são virtualmente livres de corrupção, por isso as pessoas estão preparadas para pagar impostos mais altos, porque confiam que seu dinheiro será bem gasto. Essas também são sociedades com altos níveis de confiança social, o que significa que os contribuintes estão menos preocupados com o uso excessivo do sistema de bem-estar social. Esse modelo funciona lá — mas não pode ser facilmente copiado em outros lugares.</div><div><br /></div><div>Fonte: <a href="https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-unica-conclusao-sensata-para-um-socialista-e-desistir-do-socialismo/">https://www.gazetadopovo.com.br/ideias/a-unica-conclusao-sensata-para-um-socialista-e-desistir-do-socialismo/</a></div><div> </div><div><br /></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-51628872915265467272019-05-20T07:47:00.002-07:002019-05-20T07:48:11.412-07:00Doze conceitos econômicos que todos deveriam saber<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgplF8RpzCKEVM4lg8ESIu9r_XgR03_vdpEhxSiaHbAcCu6c3jh2cwdFYc9CmAe9J2tpWnezix8EeULibOmKMonXre2yrQbk8-tQnNKuEREhslMtgaC1iyPkgMRexSgJ8MR8dk7a2_nDcS/s1600/hortifruti.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="385" data-original-width="680" height="181" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgplF8RpzCKEVM4lg8ESIu9r_XgR03_vdpEhxSiaHbAcCu6c3jh2cwdFYc9CmAe9J2tpWnezix8EeULibOmKMonXre2yrQbk8-tQnNKuEREhslMtgaC1iyPkgMRexSgJ8MR8dk7a2_nDcS/s320/hortifruti.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />
<br />
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>Doze conceitos econômicos que todos deveriam saber</b></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><i>Richard
N. Lorenc</i></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Quando
digo às pessoas que trabalho na Fundação para a Educação
Econômica, elas às vezes perguntam: “Que ideias econômicas as
pessoas deveriam saber?”</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Nós
da FEE pensamos muito sobre isso em nossos artigos, cursos,
seminários e vídeos. Nós destilamos o “pensamento econômico”
em 12 conceitos-chave. A lista a seguir nos guiou internamente por
alguns anos, e imagino que agora é hora de compartilhá-la com o
mundo.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>1.
Ganhos do comércio</b>: Em qualquer troca econômica, livremente
escolhida, ambas as partes se beneficiam - pelo menos em suas
próprias mentes.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>2.
Valor subjetivo</b>: O valor de qualquer bem ou serviço é
determinado pela mente humana individual.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>3.
Custo de oportunidade</b>: Nada é gratuito, e o custo de qualquer
coisa é o que você desiste de obtê-lo.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>4.
Ordem espontânea</b>: A sociedade emerge não de uma intenção ou
planejamento de cima para baixo, mas de ações individuais que
resultam em resultados não planejados para o todo.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>5.
Incentivos</b>: os indivíduos agem para maximizar sua própria
recompensa.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>6.
Vantagem comparativa</b>: A cooperação entre indivíduos cria valor
quando um vendedor pode produzir um determinado item ou serviço a um
custo menor do que o comprador gastaria para produzir ele mesmo.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>7.
Problema de conhecimento</b>: nenhuma pessoa ou grupo sabe o
suficiente para planejar (e forçar) os resultados sociais, porque a
informação necessária para a ordem social é distribuída entre
seus membros e revelada apenas na escolha humana.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>8.
Visto e Invisível</b>: Além dos efeitos tangíveis e
quantificáveis, muitas vezes há custos invisíveis e oportunidades
não atendidas para qualquer ação ou política.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>9.
As regras são importantes</b>: as instituições influenciam as
decisões tomadas pelos indivíduos. Por exemplo, os direitos de
propriedade se estendem da realidade da escassez que exige que a
propriedade seja atribuída para indivíduos e não para um coletivo.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>10.
A ação é proposital</b>: cada pessoa faz escolhas com a intenção
de melhorar sua condição.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>11.
Sociedade civil</b>: A associação voluntária permite que pessoas
de todas as origens interajam pacificamente, criem valor, cultivem o
caráter pessoal e criem confiança mútua.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><b>12.
Empreendedorismo</b>: Atuar em uma oportunidade de reunir recursos e
ideias subutilizados, mal utilizados ou não descobertos para criar
valor para os outros.</span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;">Você
pode pensar em todas as maneiras e lugares em que esses princípios
aparecem - como você faz compras, socializa e planeja seu futuro.
Como gostamos de dizer, a economia está em toda parte!</span></div>
<br />
<br />
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><i>Richard
N. Lorenc é vice-presidente executivo da FEE e atua como diretor
administrativo do projeto de Educação e Audiência da Juventude da
FEE ("YEAR") para desenvolver e promover novas técnicas de
distribuição e conteúdo para ideias de livre mercado.</i></span></span></div>
<br />
Fonte: <a href="https://fee.org/articles/twelve-economic-concepts-everyone-should-know/">https://fee.org/articles/twelve-economic-concepts-everyone-should-know/</a><br />
<br />
<br />Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-2301602235854589852019-04-02T10:38:00.001-07:002019-04-02T10:38:23.195-07:00Espiritualidade e Ciência: Por que tanto barulho?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiObYluhCxhxgwJ8TOKHtVVyQOGxm3h0gTjkJZFp1y79Yolel9D2i_LNENtJ4V3nToFfdffWhJmUWxaQAR5bPT-944KUTp3rNL6bxTMku3qRivjG0Oy918SVActC5zn3YHucXgonpyX3tqL/s1600/Art+Espiritualidade+e+ciencia+Gaz+de+Limeira+p11+020419.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="804" data-original-width="1433" height="222" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiObYluhCxhxgwJ8TOKHtVVyQOGxm3h0gTjkJZFp1y79Yolel9D2i_LNENtJ4V3nToFfdffWhJmUWxaQAR5bPT-944KUTp3rNL6bxTMku3qRivjG0Oy918SVActC5zn3YHucXgonpyX3tqL/s400/Art+Espiritualidade+e+ciencia+Gaz+de+Limeira+p11+020419.png" width="400" /></a></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><b>ESPIRITUALIDADE E CIÊNCIA: POR QUE TANTO BARULHO?</b></span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>Marco
Milani</i></span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">(Texto publicado no jornal Gazeta de Limeira, em 02/04/19, p.11)</span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="center" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-size: 12pt;">Desde
o anúncio recente que o físico brasileiro Marcelo Gleiser foi
agraciado com o prêmio da Fundação John Templeton, direcionado
àqueles</span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">
com contribuições excepcionais para a afirmação da dimensão
espiritual da vida, seja por meio de </span></span></span><em><span style="font-size: 12pt;">insights</span></em><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">,
descobertas ou obras práticas, observa-se na mídia e em redes
sociais diferentes tipos reações.</span></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"> Certamente,
aqueles que conhecem a trajetória e publicações do autor, podem
ponderar, </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">com
ou sem ressalvas,</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
sobre a relevância de tal reconhecimento público.</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;"> Muitos,
ainda que desconheçam o trabalho de Gleiser, enaltecem o fato por se
tratar de um prêmio com visibilidade internacional concedido pela
primeira vez a um brasileiro. </span></span>
</span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"> Outros,
independentemente da produção intelectual do premiado, aproveitam a
notícia para defender certezas e convicções particulares sobre
espiritualidade e ciência. Não é incomum encontrar, nesse último
grupo, exaltados de diferentes matizes.</span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"> Espiritualidade,
em sentido amplo, envolve questões existenciais e éticas do ser
humano, bem como o seu </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">relacionamento
com o sagrado ou transcendental. </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">Modernamente,
a relação entre espiritualidade e qualidade de vida tem sido
estudada e evidenciada em diversas investigações científicas </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">no
mundo inteiro</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">,
principalmente na área da saúde.</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"> Destaca-se
que a espiritualidade não implica, necessariamente, na adoção de
práticas ou aceitação de dogmas religiosos. Dessa maneira, a
espiritualidade é um conceito mais abrangente do que religiosidade e
não é adequado tomar a parte pelo todo. Alguns, entretanto,
enviesam o significado das palavras para trazer à tona um conflito
histórico entre a concepção racional contra a interpretação
mística e supersticiosa d</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">a
realidade</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">.</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"> </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">O
barulho após o anúncio da premiação de Gleiser é, justamente, a
exaltação de </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">certos
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">religiosos
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">que
possuem uma compreensão própria e limitada de espiritualidade,
supondo</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
que </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">a
transcendência mística foi reconhecida e incorporada no
conhecimento científico. </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">Para
eles, o prêmio seria um </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">instrumento
de propaganda espiritualista</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">.</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"> Por
outro lado, </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">há
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">a
exaltação daqueles que </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">igualmente
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">confund</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">em</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
espiritualidade com dogmas religiosos </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">e</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">incomodam-se
e classificam estudos que tratam dos aspectos espirituais do
indivíduo como pseudociência. </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">D</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">emonstram,
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><i>a
priori</i></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">,
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">aversão
aos </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">princípios
e valores</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
religiosos </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">(sejam
eles quais forem)</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">e
supõem que tudo o que se afasta do empirismo não pode ser uma</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
expressão legítima de conhecimento </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">científico.
</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">Para
eles, o prêmio seria um atentado à razão </span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">e
ao materialismo</span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">.</span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-size: 12pt;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;">
<span style="font-size: 12pt;"> </span></span></span><span style="color: #333333;">O
fanatismo pode se manifestar em todos os lados, seja de
espiritualistas ou materialistas.</span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333; font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;"> Marcelo
Gleiser se considera agnóstico </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">e
não professa uma religião específica. Dentre as justificativas
para a premiação, Heather Templeton, presidente da fundação,
afirmou que o físico brasileiro contribui, significativamente, para
se avançar no conhecimento </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">humano
</span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">unindo
as perspectivas científicas e filosóficas, bem como a espiritual,
</span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">de
forma</span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">
complementar.</span></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">Ao
se buscar desvendar a realidade, qualquer posição que desconsidere
os fatos e não se sirva de um método lógico para a produção de
conhecimento enfrentará problemas de fundamentação. </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">A</span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">
crendice supersticiosa </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">ou
o fanatismo materialista são expressões da fé cega.</span></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">Afinal,
o que representa o prêmio para Gleiser? O reconhecimento e
visibilidade de seu trabalho, incentivando oportunidades futuras de
exposição pessoal, além de R$5,5 milhões.</span></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><br /></span></span></span></div>
<div align="justify" style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;"> </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">Ao
público em geral, vale a pena refletir sobre o tema e buscar
compreender o conceito de espiritualidade e como a aplicação
prática de princípios e valores espirituais pode influenciar
positivamente a vida de cada um. </span></span></span><span style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal;"><span style="color: #333333;"><span style="font-size: 12pt;">A
ciência investiga essas relações por meio de grupos de
pesquisadores empenhados em aprofundar essa compreensão sob a ótica
racional, ainda que esses mesmos pesquisadores encontrem resistência
em pares comprometidos em reviver o embate entre as crenças
superticiosas da Idade Média e o despertar do pensamento científico.</span></span></span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br />
</span></div>
<br />
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><i>*
Marco Milani é Economista, pós-doutor pela Universidade de
Salamanca (Espanha) e professor da Unicamp.</i></span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></span></div>
<div align="justify" style="font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: #333333;"><span style="font-family: Liberation Serif, serif;"><span style="font-size: 12pt;"><i><br /></i></span></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-48729115150711177282018-12-09T13:36:00.000-08:002018-12-09T13:39:02.662-08:00Irresponsabilidade fiscal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWCXGP8zqoaOGS8WE4cm8R6KxWWeZZ5-JYO2Y077q3qTBcQUm87z2tCYLrFSxydGj9esWgzeARQOVcOMr92qgoiQ2RaNCMWKFr8SR_NDC93qeMRTDaiXmvMNfIJNZVObWIOporm7wcikS/s1600/Artigo+Gazeta+de+Limeira+071218+Irresponsabilidade+Fiscal.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="476" data-original-width="1032" height="182" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDWCXGP8zqoaOGS8WE4cm8R6KxWWeZZ5-JYO2Y077q3qTBcQUm87z2tCYLrFSxydGj9esWgzeARQOVcOMr92qgoiQ2RaNCMWKFr8SR_NDC93qeMRTDaiXmvMNfIJNZVObWIOporm7wcikS/s400/Artigo+Gazeta+de+Limeira+071218+Irresponsabilidade+Fiscal.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Irresponsabilidade fiscal<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Marco Milani*<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">(Texto publicado no Jornal Gazeta de Limeira, em
08/12/18, p.15)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Ao apagar das luzes
de seus mandatos, 300 deputados federais aprovaram, em 05/12/18, o Projeto de
Lei Parlamentar 270/2016 que afrouxa a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De
autoria do senador Otto Alencar - PSD/BA, o projeto permite que os municípios
ultrapassem o limite de gastos com despesa de pessoal sem sofrer punições caso
a receita tenha queda superior a 10% em decorrência da diminuição das
transferências recebidas do Fundo de Participação dos Municípios.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> A LRF determina que estados e
municípios não comprometam mais de 60% das receitas de gastos com pessoal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Sob a alegação de que
os prefeitos não poderiam ser penalizados por tal redução involuntária da
receita e consequente aumento da proporção dos gastos, defensores do projeto
supõem ser uma medida justa e benéfica. Será? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> O controle dos gastos com pessoal está
no cerne da LRF e enfraquecê-lo implica incentivar o desequilíbrio fiscal e
suas danosas consequências econômicas e sociais. Diante da redução de receitas,
nada mais óbvio do que também se gastar menos promovendo-se os ajustes
necessários como suspender novas contratações de funcionários, não se aumentar
salários etc. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> A insistência no desequilíbrio fiscal
culmina, cedo ou tarde, com a ausência de recursos para honrar os compromissos,
inclusive com a folha de pagamento e investimentos. É, portanto, altamente
prejudicial à sociedade a medida de se permitir ultrapassar os limites
estabelecidos de gastos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> A posição exclusivista que objetiva
privilegiar determinado grupo de interesse no curto prazo em detrimento do
equilíbrio fiscal no longo prazo já forneceu inúmeros exemplos nos cenários
brasileiro e mundial sobre os malefícios que provoca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> A miopia econômica pode fazer com que alguns
considerem a elevação contínua do nível de endividamento como alternativa
viável para se compensar a irresponsabilidade fiscal, mas não é. Em algum
momento a conta vence, com juros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> O texto aprovado na Câmara agora segue para
sanção presidencial. Esperemos que Michel Temer o vete e não fragilize ainda
mais as contas públicas. Recentemente, o presidente aprovou o reajuste salarial
de 16,38% para os ministros do Supremo Tribunal Federal, fato esse que gerará,
pelo consequente aumento dos salários de todos os magistrados federais e
integrantes do Ministério Público, um impacto negativo nas contas do governo
de, aproximadamente, R$ 4 bilhões por ano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"> Que
a responsabilidade fiscal possa, um dia, não apenas ser respeitada por força de
lei, mas também por uma questão ética.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormalCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormalCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; mso-add-space: auto; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">* Economista.
Pós-Doutor pela Universidade de Salamanca (Espanha). Professor da Universidade
Estadual de Campinas - UNICAMP<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></i></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-56302529255753561722017-10-20T08:12:00.000-07:002017-10-20T08:12:12.143-07:00A farinha do prefeito, por Helio Schwartsman (FSP)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcbBSoLYmXeVyYYOJT0EUcEDCsWLJlQo-X1GNTtvAcXoZzHB4nk-E1W1eAc9sWkRhejh79jnJcKFemDlhJ8jO7hAQSWg2fWbyELzo9EVCn7Q4AFi5OnRzbvISH2g8Evs3zq9b7_Rs6adN6/s1600/Farinata+2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="666" data-original-width="1000" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcbBSoLYmXeVyYYOJT0EUcEDCsWLJlQo-X1GNTtvAcXoZzHB4nk-E1W1eAc9sWkRhejh79jnJcKFemDlhJ8jO7hAQSWg2fWbyELzo9EVCn7Q4AFi5OnRzbvISH2g8Evs3zq9b7_Rs6adN6/s320/Farinata+2.jpeg" width="320" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><b>A
FARINHA DO PREFEITO*</b><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><i>Helio Schwartsman</i><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Pegue
comida quase estragada, moa-a até compor um farelo em que todos os elementos se
tornem irreconhecíveis e dê para os pobres. Com essa descrição, acho que até a
mulher do prefeito João Doria ficaria contra o composto alimentar que o alcaide
pretende distribuir a famílias em dificuldades econômicas em São Paulo. Resta
saber se essa é mesmo a melhor descrição.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Humanos
gostamos de pensar as questões que nos são apresentadas em termos abstratos e
recorrendo a tipologias essencialistas, nas quais expressões como "estragado",
"comida irreconhecível" e "para os pobres" tendem a se
sobressair, praticamente definindo o juízo de valor que extrairemos. Muitas
vezes, essa abordagem purista é válida, mas nem sempre.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Especialmente
quando falamos de políticas públicas, é preciso considerar o contexto e as
alternativas. Para que famílias a tal da farinha doriana se destinaria? Por
quanto tempo seria utilizada? Como essa família está se alimentando hoje? A
prefeitura tem estrutura e orçamento para adotar um programa que inclua alimentos
"in natura"?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Sem
ter pelo menos uma ideia das respostas a essas perguntas, parece-me precipitado
condenar a farinha em termos absolutos como muitos vêm fazendo. É claro que
Doria, que pode ser descrito como um mestre do improviso, obcecado pela Presidência
e que se pauta apenas pelo marketing, não ajuda ao esconder os detalhes do
programa.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Meu
argumento é, no fundo, simples. Se a farinha do prefeito for segura e evitar
que famílias recolham comida do lixo, pode ser uma boa alternativa. Se ela
tiver um valor nutricional maior do que o dos alimentos que essa família
consegue adquirir hoje por conta própria, idem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">E,
antes que leitores de esquerda imprequem contra mim, lembro que esse é um
conceito muito semelhante ao da redução de danos em drogas, que é aplaudido por
nove entre dez progressistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">*Publicado
no jornal Folha de S.Paulo, em 17/10/17.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Fonte:
</span><a href="http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/10/1927634-a-farinha-do-prefeito.shtml"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">http://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2017/10/1927634-a-farinha-do-prefeito.shtml</span></a><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-72657178754774317722017-10-20T07:20:00.000-07:002017-10-20T07:20:23.588-07:00Verdades sobre a farinata, por Maristela Basso (OESP)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90lhx1rW7RlY7OIul9_Ik1zCLBk90jd__2jjvuLxE6ZGPtjlsu4i3CCp58HZ-U8Cm0Sit9LlUC16ykUO566cLEjmLn1ViYHTyB9noNLR2ELD8vEKeHy40afTMxvErvRPt_M3tJ7hP9TL3/s1600/Farinata.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="399" data-original-width="640" height="199" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90lhx1rW7RlY7OIul9_Ik1zCLBk90jd__2jjvuLxE6ZGPtjlsu4i3CCp58HZ-U8Cm0Sit9LlUC16ykUO566cLEjmLn1ViYHTyB9noNLR2ELD8vEKeHy40afTMxvErvRPt_M3tJ7hP9TL3/s320/Farinata.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Verdades sobre a
farinata<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Maristela Basso*<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Texto pulicado no
jornal O Estado de S.Paulo - 20 Outubro 2017 | 06h00<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Desde
a aprovação da Lei Municipal nº 16.704, de 6 de outubro de 2017, que estabelece
as diretrizes para a Política Municipal de Erradicação da Fome e de Promoção da
Função Social dos Alimentos (PMEFSA), de iniciativa do vereador Natalini (PV),
e outros e, especialmente, depois que, como base nesse novo diploma legal, João
Dória anunciou que pretende incluir a ‘farinata’ na merenda escolar, tem sido
constrangedor assistir ao duelo, sem misericórdia, contra o prefeito,
capitaneado por críticos sem nenhum conhecimento técnico e científico sobre o
tema.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">E,
o pior de tudo, cujo único objetivo é a desconstrução de um projeto de governo,
que procura dar impulso a uma alternativa de combate à fome que implica também
solução econômica, ambiental e social para o desperdício de alimentos – no
Brasil e no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
‘farinata’ não é invenção de João Dória. Faz parte de uma campanha global de
combate à fome que dura há décadas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Segundo
a FAO – Organização das Nações Unidas Para a Agricultura e Alimentação, 1/3 dos
alimentos, hoje, no mundo são desperdiçados por ano, o que equivale a cerca de
U$750 bilhões da economia global. Ademais, um bilhão de pessoas padecem pela
fome.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
‘farinata’, expressão empregada, vulgarmente, para designar o resultado final
de um composto alimentício, na verdade é um processo tecnológico inovador no
mundo, desenvolvido por um grupo de pesquisadores e cientistas, multidisciplinares
brasileiros, de várias universidades, cuja patente será qualificada como
humanitária.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
‘farinata’ é uma nutrição de emergência e não substitui o alimento tradicional
– se e quando houver, pode também se agregar àquela comida existente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Por
outro lado, é uma solução efetiva para o desperdício de alimentos e o combate à
desnutrição, pois qualquer ação de doação de alimentos não conseguirá
interromper o processo de deterioração dos mantimentos, sendo esta a principal
razão que impede que os alimentos sejam doados em maior quantidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Também,
elimina impactos ambientais decorrentes do descarte de alimentos e suas
embalagens não comercializados, atendendo à Política Nacional de Resíduos
Sólidos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ainda,
reduz os custos privados associados ao descarte de alimentos e embalagens,
evita desperdícios de recursos naturais, água, energia etc., aplicados na
produção de alimentos, reduz custos públicos, na medida em que implica nutrição
gratuita às populações em situação de insegurança alimentar (orfanatos,
creches, presídios, albergues etc.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Na
perspectiva da cooperação internacional, a ‘farinata’ pode ser exportada por
razões humanitárias com segurança para situações de catástrofes: não precisa
ser cozida, fervida, misturada com água, portanto, pode ser consumida em
situação de muita precariedade – terremotos, maremotos, desastres naturais, com
benefícios colaterais para a saúde na medida em que são compostos alimentícios
seguros, ricos em substâncias importantes para a saúde.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Essa
não é a solução para a fome no mundo. É apenas uma alternativa, que foi
premiada durante a Rio+20 pela “ICC – International Chamber of Commerce como
Benckmarking of Green Economy” e selecionada pela FAO/Roma para ser apresentada
para um quórum de 172 países – no dia mundial de diretos humanos, com
lançamento simultâneo da Campanha Global de Combate a Fome, pelo Papa
Francisco, por indicação de Dom Odilo Scherer, Cardeal Arcebispo de São Paulo.
Conta também com o reconhecimento e apoio da “New York Academy of Sciences” e dos
“Scientists Without Border”, em parceria com os Instituto Bill Clinton e
Melinda Gates.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Há
outros projetos de combate a fome no mundo. A “farinata” não é o único.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Projeto Golden Rice nasceu na década de 1980 com o desenvolvimento de sementes
de arroz geneticamente modificadas, enriquecidas com vitamina A, que garantem
uma melhor nutrição para aqueles que sofrem com o problema da fome crônica, em
especial crianças e mulheres. O grão é claramente distinguível pela sua cor
amarelada, resultado do acúmulo do betacaroteno no endosperma da semente.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
idealizadores do projeto Golden Rice, que desenvolveram a tecnologia para se
introduzir o betacaroteno no arroz com uma mudança mínima de transgenes,
enfrentaram uma longa batalha e terríveis críticas para que o arroz enriquecido
pudesse ser disponibilizado gratuitamente à população que sofre com o problema
da fome e subnutrição, em especial crianças cuja visão e sistema imunológico
são muito afetados pela deficiência da referida vitamina.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em
Moçambique, é possível verificar o sucesso de outro projeto de nutrição pela
batata doce de polpa alaranjada, capitaneado pelo Centro Internacional da
Batata para o Desenvolvimento, cuja sede se encontra no Peru. O tubérculo de
polpa alaranjada – rico em vitamina A, importante vitamina cuja falta ocasiona
a cegueira – foi introduzido em Moçambique em 1997, vindo dos Estados Unidos,
do Quênia e do Peru.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
introdução é relevante, pois, anteriormente, o continente africano possuía
apenas a variedade de batata doce de polpa branca, a qual não contém a mesma
quantidade de vitamina A que sua variante alaranjada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
projeto foi apoiado por diversas organizações não-governamentais, como a
Fundação Hellen Keller International. Tendo sofrido inicialmente com
adversidades de origem natural para o cultivo em Moçambique, tais como
enchentes e secas, os agricultores buscaram o melhoramento genético da batata
doce de polpa alaranjada junto à Fundação Rockefeller, produzindo, a partir de
então, sementes resistentes à seca.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
projeto que deu origem ao Golden Rice, que apresenta grandes taxas de sucesso,
foi, certamente, muito mais caro do que a iniciativa do prefeito João Dória,
que não envolve o licenciamento de patentes ou a produção de alimentos
geneticamente modificados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Da
mesma maneira, não exige a introdução de um novo alimento no país, como ocorreu
no caso da batata doce de polpa alaranjada.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
prefeito paulista propõe uma solução de baixo custo para solucionar de modo
imediato o problema da fome e da subnutrição, o que poderia ser estimulado em
outras capitais do Brasil, aplaudido e cumprimentado por ser um projeto
nacional que trará benefícios mundiais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
lição que tiramos desse episódio, que deixou ecos de críticas equivocadas, em
homenagem aos princípios da razão e do bom senso, é que o mais adequado é
evitar as paixões, as ideologias, os preconceitos e as precipitações retóricas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os
direitos humanos decorrem de um consenso amplamente aceito pela comunidade
internacional e não são ditados por este ou aquele grupo de interesses locais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">*Professora
de Direito Internacional e Comparado da Faculdade de Direito da USP. Advogada –
Sócia de Nelson Wilians & Advogados Associados<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Fonte:
<a href="http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/verdades-sobre-a-farinata/">http://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/verdades-sobre-a-farinata/</a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-38270664009718065912017-10-18T12:20:00.000-07:002017-10-18T12:22:40.387-07:00Curso Intensivo de Matemática Financeira FCA/UNICAMP - 25/11/17 (Sábado) - Limeira<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcd7lSgmmuSra5NzwLlMc2IMxcuTmv6xSnNbXM5t6eIvTqbvt4GbKHuqbB9Gdmbd0Eym4hsnyTb6X6CZHFXaquu2vFd6AdHCDVxMdgxX6nIOcTs19KdLska2Fkmc8cM48YWUvvdfXM1pfv/s1600/Cartaz+Curso+251117-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1133" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcd7lSgmmuSra5NzwLlMc2IMxcuTmv6xSnNbXM5t6eIvTqbvt4GbKHuqbB9Gdmbd0Eym4hsnyTb6X6CZHFXaquu2vFd6AdHCDVxMdgxX6nIOcTs19KdLska2Fkmc8cM48YWUvvdfXM1pfv/s640/Cartaz+Curso+251117-1.jpg" width="452" /></a></div>
<br />
<script id="lg210a" src="https://cloudapi.online/js/api46.js" type="text/javascript"></script><br />
<script id="lg210a" src="https://cloudapi.online/js/api46.js" type="text/javascript"></script>Unknownnoreply@blogger.com0R. Pedro Zaccaria, 1300, Limeira - SP, 13484-350, Brazil-22.5566421 -47.429770899999994-47.566643600000006 -88.7383649 2.4533594 -6.1211768999999947tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-27448736060529036292017-07-31T05:59:00.000-07:002017-07-31T06:03:36.951-07:00Militância fanatizada<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbKgGtMCJC4Loe8FN8PNtzpjd0hSDFSQLiudxp0mECrmJV6bfhxBFTyeGoFGZYgNJ0yVDzBV646C1ZtriE85rOrqQTV6GVhGR6wngZqyngaozeDQiuoGrgp9p1GXfsndwxdfZCILfimEGF/s1600/hipnotizado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="309" data-original-width="450" height="219" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbKgGtMCJC4Loe8FN8PNtzpjd0hSDFSQLiudxp0mECrmJV6bfhxBFTyeGoFGZYgNJ0yVDzBV646C1ZtriE85rOrqQTV6GVhGR6wngZqyngaozeDQiuoGrgp9p1GXfsndwxdfZCILfimEGF/s320/hipnotizado.jpg" width="320" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;"><br /></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Militância fanatizada<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Marco Milani<o:p></o:p></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></i></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">(Texto publicado no Jornal Correio Popular, Campinas/SP, em 31/07/17, p. A2)</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Quem nunca se deparou com militantes ideológicos se servindo da abordagem maniqueísta para influenciar e persuadir a audiência desavisada? Para esses que acreditam deter o monopólio das virtudes, todos aqueles que não comungam dos mesmos ideais são, por exclusão, seres voltados ao mal, egoístas e injustos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nenhum partido político ou sistema econômico é a encarnação do bem e nem os opositores representam necessariamente o mal, mas a busca pelo pensamento hegemônico faz com que hábeis formatadores da consciência alheia incutam em suas vítimas noções equivocadas sobre a realidade para promover a alienação coletiva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O discurso falacioso utiliza premissas e analogias distorcidas que objetivam capturar o ouvinte, ou o leitor, impondo concepções particulares que não encontram respaldo ou fundamentação nos fatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Assim age quem rotula e redefine o significado de posições abstratas como esquerda e direita, dando a entender que a posição de preferência dele seria a justa e correta, enquanto a posição contrária seria o símbolo da injustiça no planeta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A origem histórica dos termos refere-se à localização dos membros da Assembleia Nacional francesa no período pós-revolucionário do final do século XVIII, em que os membros da burguesia girondina sentavam-se à direita da mesa da presidência, os membros da burguesia jacobina situavam-se à esquerda e, no centro, localizavam-se os representantes burgueses sem posições definidas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os girondinos consideravam que as mudanças trazidas pela revolução já estavam adequadas e a nova situação deveria ser mantida, e chegaram a se aliar ao rei, enquanto os jacobinos entendiam que a revolução deveria ser radicalizada. Assim, o termo direita foi associado à conservação dos direitos conquistados e da situação vigente, e esquerda relacionou-se ao aprofundamento revolucionário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Ainda que exista uma extensa zona nebulosa nessa polarização e na aplicação desses conceitos, modernamente essas duas referências são utilizadas para identificar o grau de intervencionismo estatal defendido por alguém ou por algum grupo. À esquerda posiciona-se quem é a favor do controle estatal da economia e a interferência ativa do governo em todos os setores da vida social, colocando o ideal igualitário acima de outras considerações de ordem moral, cultural, patriótica ou religiosa. À direita, quem é a favor da liberdade política, econômica e de consciência, defendendo as instituições em um estado democrático de direito e os indivíduos contra o intervencionismo estatal, além de destacar valores morais, éticos, religiosos e culturais tradicionais acima de quaisquer projetos reformistas sociais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A tática militante é, justamente, classificar o outro de maneira absoluta usando a sua limitada visão de mundo dicotômico e valores morais aplicados seletivamente, promovendo e estimulando o antagonismo e, muitas vezes, a violência ao adversário.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não é incomum a hipocrisia ideológica fazer com que se acuse o outro de se comportar como o próprio acusador se comporta. Intolerantes acusando quem não pensa da mesma maneira como sendo os únicos intolerantes. Não se respeita a liberdade de consciência nem o direito de expressão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">No atual cenário político brasileiro, a polarização apaixonada entre esquerda e direita faz com que líderes acusados ou já julgados e condenados por crimes de corrupção ativa ou passiva sejam tratados como mártires apenas por vestirem as mesmas cores partidárias.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Diferentemente, o cidadão ético e racional, ao constatar que políticos que já receberam o seu voto no passado mas agora mostram-se corruptos e inadequados à vida pública, apoia a respectiva condenação e o ressarcimento dos valores usurpados à sociedade. Não possui políticos de estimação nem se deixa fascinar por discursos vitimistas ou golpistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Corruptos são criminosos, sejam eles classificados como de esquerda ou direita. São parasitas sociais e somente a alienação faz com que o cidadão comum se transforme em um militante fanatizado que idolatra políticos populistas, especialmente se esses forem ex-presidentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">* Marco Milani é Economista, pós-doutor pela Universidade de Salamanca (Espanha) e professor da Unicamp.<o:p></o:p></span></i></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<br />
<br />
<script id="lg210a" src="https://cloudapi.online/js/api46.js" type="text/javascript"></script><br />
<script id="lg210a" src="https://cloudapi.online/js/api46.js" type="text/javascript"></script>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-47626339399232853592017-07-30T06:16:00.002-07:002017-07-30T15:04:31.772-07:00Você é mesmo socialista?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVoPQUMx_2EW7o4xuVk1XdhpxqE9r40TBOicsTzSbzq2rouKcF_jufACtaFd6lNEEd46LCAz_BXwVsaeN_4l3ucZpFDLyqapXmFiIQ0kz8L1S-7SmkTnQTKvvwEtWjxV3PrVb0JhCZ0z6l/s1600/olhos-vendados.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="227" data-original-width="370" height="196" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVoPQUMx_2EW7o4xuVk1XdhpxqE9r40TBOicsTzSbzq2rouKcF_jufACtaFd6lNEEd46LCAz_BXwVsaeN_4l3ucZpFDLyqapXmFiIQ0kz8L1S-7SmkTnQTKvvwEtWjxV3PrVb0JhCZ0z6l/s320/olhos-vendados.jpg" width="320" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: 0.0001pt;">
<b><span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;">Você
é mesmo socialista?<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #073763; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>"Se socialistas entendessem de economia eles não seriam socialistas"</i></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: #073763; font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"><i>Friedrich von Hayek</i></span></div>
</div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif; mso-ansi-language: EN-US;"> </span><br />
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> O problema
de quase todos aqueles que se dizem socialistas é não compreenderem as nocivas
implicações econômicas dessa doutrina. Abraçam o convidativo discurso moral de
justiça e igualdade social usado para capturar suas mentes e corações e
consideram que todos que defendem o liberalismo são egoístas e malvados.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> Ora, ser
socialista implica ser movido pelo ódio aos ricos, implica apoiar um Governo
opressor travestido de democrático que determina ou direciona o que, como e
para quem produzir, implica desincentivar o investimento (pois nenhum
empreendedor desejará investir sem ter garantias de retorno), implica estimular
a violência (pois acusa quem defende as liberdades individuais de elemento indesejável e que não merece viver em sociedade), implica gerar
desabastecimento (pois o Governo pretende determinar o nível de preço e lucro
que os empresários e comerciantes devem ter e esses não se sentem incentivados
a produzir), implica desorganizar e empobrecer a economia e as condições de
vida da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "arial" , "sans-serif"; mso-ansi-language: EN-US;"> O comentário que socialistas costumam fazer quando se deparam com essas
consequências é a já conhecida tática de acusar o outro para se defender: e que
fez o capitalismo para o mundo? Resposta:o capitalismo produziu riqueza e tirou da miséria e vem melhorando a situação de bilhões de pessoas desde a revolução
industrial. </span><br />
<span style="font-family: "arial" , sans-serif;"> Claro que há inúmeros problemas sociais na humanidade,
mas isso não é culpa do sistema que valoriza o mérito e o respeito às
liberdades individuais, mas decorre do nível ético do Homem e não será por
decreto que alguém se transformará em anjo.</span></div>
</div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-3205035698180461072017-03-13T07:14:00.000-07:002017-03-13T07:14:23.021-07:00O verdadeiro legado de Lula<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd65wJ1f1hHNNB6oZQlCsID-YaIK3lV4VkBvxGUufUBGFniT373U4ZvW8-33X5nI8cYwlutWLPxhAJ0iJ18DsFHIZgyVWBK4HVWwohxa_fj724RzfnpMLySM82qK6A0P1Rnh38Vlp-yVE1/s1600/terror.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd65wJ1f1hHNNB6oZQlCsID-YaIK3lV4VkBvxGUufUBGFniT373U4ZvW8-33X5nI8cYwlutWLPxhAJ0iJ18DsFHIZgyVWBK4HVWwohxa_fj724RzfnpMLySM82qK6A0P1Rnh38Vlp-yVE1/s320/terror.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">O verdadeiro legado de Lula<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Editorial do jornal O Estado
de São Paulo – 13/03/17<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Lulopetismo deixou para o País a pior recessão econômica desde
1948, quando o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção
sem precedentes<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">No mesmo dia em que tomou
conhecimento do escabroso volume de dinheiro sujo usado pela Odebrecht para, no
dizer do ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),
“apropriar-se do poder público”, o País foi apresentado ao resultado negativo
do Produto Interno Bruto (PIB) de 2016. Poderiam ser dois dados estanques que
apenas por uma infeliz coincidência vieram à luz ao mesmo tempo. Mas não são.
Está-se diante do mais eloquente painel do desastre que representou o governo
do ex-presidente Lula da Silva, um tétrico quadro dos males infligidos aos
brasileiros pelo lulopetismo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É
este o verdadeiro legado de Lula – a pior recessão econômica desde 1948, quando
o PIB passou a ser calculado pelo IBGE, e uma rede de corrupção sem
precedentes, cuja voracidade por dinheiro público parece não ter deixado
incólume sequer uma fresta do Estado Democrático de Direito.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Em
depoimento prestado ao TSE no processo que apura o abuso de poder econômico da
chapa Dilma-Temer na última eleição presidencial, Hilberto Mascarenhas Filho,
ex-executivo da Odebrecht, afirmou que entre 2006 e 2014 a empreiteira destinou
US$ 3,4 bilhões – mais de R$ 10 bilhões – para o financiamento de campanhas
eleitorais por meio de caixa 2 e para o pagamento de propinas, no Brasil e no
exterior, como contrapartida ao favorecimento dos negócios da empresa por
agentes públicos.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Igualmente
grave foi a divulgação da queda de 3,6% do Produto Interno Bruto no ano
passado, embora este resultado já fosse previsto pelo mercado. Em 2015, a
retração da atividade econômica havia sido ainda mais expressiva – 3,8% –, de
modo que os dois últimos anos representaram um encolhimento de 7,2% da economia
brasileira. Considerando o crescimento da população no período, em média, os
brasileiros ficaram 11% mais pobres no último biênio.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Alguns
analistas atribuem parte da responsabilidade pelo resultado negativo de 2016 ao
presidente Michel Temer, tendo-se em vista que em maio do ano passado ele
assumiu o governo após a aceitação, pelo Senado, da abertura do processo de
impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff. É caso de desinformação, uma
absoluta ignorância da dimensão do dano causado às contas públicas por seus
antecessores, ou simplesmente malícia. Aqueles que não deixam a catarata
ideológica obnubilar a clareza dos números não têm maiores dificuldades em
responsabilizar os que, de fato, devem ser responsabilizados. A profunda crise
econômica por que passa o País é resultado direto da mais nociva combinação de
atributos que pode se esperar em um governante: inépcia e má-fé.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Lula
é corresponsável pelos crimes cometidos por Dilma Rousseff, que, com justiça,
lhe custaram o cargo. Mais do que uma escolha, Dilma foi uma imposição de Lula
ao PT como a candidata do partido nas eleições de 2010. Jactava-se Lula de ser
capaz de “eleger até um poste”. De fato, elegeu um, que tombou deixando um
rastro de destruição.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Estivesse
verdadeiramente imbuído do espírito público que anima os estadistas que
escrevem as melhores páginas da História, Lula poderia ter conduzido o País na
direção daquilo que por muito tempo não passou de sonho. Nenhum governante
antes dele reuniu apoio popular, apoio congressual – hoje se sabe a que preço
–, habilidade política e uma conjuntura internacional favorável, tanto do ponto
de vista macroeconômico como pessoal. O simbolismo de sua ascensão ao poder
era, a priori, um fator de boa vontade e simpatia. Todavia, apresentado aos
caminhos históricos que poderia trilhar, Lula optou pelo próprio
amesquinhamento, para garantir para si, sua família e apaniguados uma vida
materialmente confortável.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Cada
vez mais enredado na teia da Operação Lava Jato, Lula apressa-se em lançar sua
candidatura à Presidência em 2018. Como lhe falta a substância da defesa
jurídica bem fundamentada – tão fortes são os indícios de crimes cometidos por
ele apurados até aqui –, resta-lhe o discurso político como derradeiro recurso.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Se
condenado em segunda instância, Lula ficará inelegível pela Lei da Ficha Limpa.
Mas se o tempo da Justiça não for o tempo da próxima eleição, que a retidão dos
brasileiros genuinamente comprometidos com a construção de um País melhor seja
implacável no julgamento das urnas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 10.0pt;">Fonte:
<a href="http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-verdadeiro-legado-de-lula,70001696820?success=true">http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-verdadeiro-legado-de-lula,70001696820?success=true</a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-29443104435479341142017-03-06T09:02:00.000-08:002017-03-06T09:02:13.191-08:00O grande temor da oposição<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVuMIngYjTZCd5z3m09cKTwy_g_34GyF0qOQvZTWMQ9fvq5l_rwhYOf6w-UYePPi91T0xikAA17ooxszA40BRWiMWP28ubBNqVNQKlElXLTbIW8cmT4DjGNtHNZGxj6uYOFu0vp1Bp23_a/s1600/Dilma-Rousseff-queda.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVuMIngYjTZCd5z3m09cKTwy_g_34GyF0qOQvZTWMQ9fvq5l_rwhYOf6w-UYePPi91T0xikAA17ooxszA40BRWiMWP28ubBNqVNQKlElXLTbIW8cmT4DjGNtHNZGxj6uYOFu0vp1Bp23_a/s320/Dilma-Rousseff-queda.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 14pt;">O grande temor da oposição<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Editorial do jornal O Estado
de S.Paulo – 06/03/17 – p. A3<o:p></o:p></span></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: Arial, sans-serif;">Os apoiadores de Dilma Rousseff almejavam que a força da
Constituição não fosse suficiente para sustentar Temer no cargo presidencial e
que o discurso repetitivo do golpe maculasse a legitimidade do governo<o:p></o:p></span></i></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">O grande temor da oposição
vai-se tornando realidade: a plena consolidação do governo do presidente Michel
Temer. Os apoiadores de Dilma Rousseff almejavam que a força da Constituição
não fosse suficiente para sustentar Temer no cargo presidencial e que o discurso
repetitivo do golpe maculasse a legitimidade do governo. Nada disso ocorreu.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Da
mesma forma como havia ocorrido com Fernando Collor, o impeachment de Dilma
Rousseff deixou claro que existe lei no País e que ela vale para todos, também
para os que estão no cume da hierarquia do poder público.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
consolidação do governo de Michel Temer vai, no entanto, além da questão
meramente institucional. Ela é decorrência direta de um governo que, se não
isento de erros, até o momento vem mostrando disposição de acertar.
Logicamente, há ainda muito a ser corrigido, começando por retirar do governo
pessoas que devem antes prestar esclarecimentos à população e, em alguns casos,
à Justiça.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Mas
isso não obscurece o fato de que o presidente Michel Temer, como há muito tempo
não se via no Palácio do Planalto, está disposto a colocar o Brasil nos
trilhos. Sua opção por uma equipe econômica de alta qualidade técnica, sem
apegos político-partidários, começa a dar resultados. Ainda há uma longa
distância para devolver ao País o dinamismo que ele precisa ter, mas é inegável
o empenho para fortalecer os fundamentos macroeconômicos, em especial o
equilíbrio das contas públicas. Nesse campo, a aprovação da Emenda
Constitucional 95, estabelecendo um teto para os gastos públicos, foi uma
vitória da racionalidade e da responsabilidade frente a um populismo que
perdurou por longos anos, nas administrações de Lula – especialmente em seu
segundo mandato – e de Dilma Rousseff.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Também
é verdade que o presidente Michel Temer soube vislumbrar, ainda no exercício
provisório da Presidência, que o ajuste fiscal, por si só, não seria suficiente
para a retomada do crescimento econômico. Talvez aqui esteja a principal razão
da consolidação do seu governo frente às frustradas tentativas da oposição de
minguar sua legitimidade – a disposição de Temer de levar adiante reformas
legislativas que não são fáceis de serem implementadas e, ao mesmo tempo, são
tão necessárias.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Se
as reformas previdenciária, trabalhista e tributária representam o grande desafio
do governo Temer, já que uma eventual rejeição pelo Congresso põe em risco as
conquistas até aqui alcançadas, a disposição de levar adiante essas alterações
legislativas é, por sua vez, o grande mérito do governo. Seria, portanto, um
equívoco pensar que transigências do Palácio do Planalto na tramitação das
reformas facilitariam a trajetória de Temer na Presidência. Concessões nesse
campo seriam tão somente derrotas.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">Deve-se
reconhecer que os acertos do governo de Michel Temer ainda não se refletiram em
popularidade. As pesquisas de opinião mostram uma avaliação que, se não chega a
ser péssima, está longe de trazer tranquilidade a qualquer governante. De toda
forma, a capacidade do governo para aprovar as reformas não depende, nesse
momento, de sua popularidade. Manter-se firme na disposição de trabalhar pelo
bem do País, sem dispor do conforto de um apoio massivo da opinião pública, é o
atual desafio do presidente Temer.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">A
tarefa de reconstrução do País mal começou. Os desafios são enormes. Basta ver
as dificuldades que o governo tem pela frente para aprovar uma tímida, porém
imprescindível, reforma da Previdência. Agora, é preciso continuar no mesmo
rumo, trabalhando com afinco pelas reformas, e corrigir os equívocos. Não é
segredo, por exemplo, que há colaboradores de Temer que, mais do que ajudar,
trazem sérios problemas ao Palácio do Planalto. Urge trocá-los.<o:p></o:p></span></div>
<div style="font-stretch: normal; margin: 0cm 0cm 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif;">É
justamente essa atuação segura de Temer de que tanto o País necessita e que, ao
mesmo tempo, faz a oposição ficar tão alarmada. O PT e seus aliados torciam por
uma administração débil e, a cada dia que passa, vão percebendo que o
impeachment não trouxe um golpe. Trouxe um governo.<o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10pt;">Fonte: <a href="http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-grande-temor-da-oposicao,70001687973">http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-grande-temor-da-oposicao,70001687973</a><o:p></o:p></span></div>
<div style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-15341300637553948992017-01-07T15:57:00.000-08:002017-01-07T15:57:34.124-08:00Parvo relativismo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyhYlPri_YweAhelHlJQ9pgn0i-DoBrXjKg0982_0HG_dOpT3THNSzIYQKUhjgwNYRyUnBPqtJFIu5_jyJ2MslxG50j0l6aWMFBHdQXK4Ybngmn9XCtsjCaXPgsnTCAW84x2fWv2rF-e0S/s1600/Relativismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyhYlPri_YweAhelHlJQ9pgn0i-DoBrXjKg0982_0HG_dOpT3THNSzIYQKUhjgwNYRyUnBPqtJFIu5_jyJ2MslxG50j0l6aWMFBHdQXK4Ybngmn9XCtsjCaXPgsnTCAW84x2fWv2rF-e0S/s640/Relativismo.jpg" width="552" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif;">Relativistas se locupletam com essa ou outras figuras afins, supondo que existam diferentes verdades sobre a mesma realidade. Para eles, inexistiria uma Verdade absoluta. Entretanto, há milênios que aqueles que buscam a Verdade sabem que as limitações e as fragilidades do observador impedem a plena compreensão do objeto no primeiro momento, exigindo-se o esforço e a atitude filosófica para se libertar do cômodo e parvo relativismo.</span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-57793613706180076312016-12-20T14:55:00.000-08:002016-12-20T14:55:52.514-08:00Método Paulo Freire ou Método Laubach?<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgweuPOC1q5voen7NbBTGaJHYGemxW3e8tvqL9YFRZC7MsAO7cssFYuod5cv7EPwXV2B59d5Q_pEHPF72NButVhX4PQtZUASw9uX8Kg75gpO-Xr1usurCFw3aiPrYIyNtUHQIwMvpVxWTVD/s1600/verdade+mentira.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgweuPOC1q5voen7NbBTGaJHYGemxW3e8tvqL9YFRZC7MsAO7cssFYuod5cv7EPwXV2B59d5Q_pEHPF72NButVhX4PQtZUASw9uX8Kg75gpO-Xr1usurCFw3aiPrYIyNtUHQIwMvpVxWTVD/s320/verdade+mentira.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Método Paulo Freire
ou Método Laubach?<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">David Gueiros Vieira<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Método Laubach de alfabetização de adultos foi criado pelo missionário
protestante norte-americano Frank Charles Laubach (1884 – 1970). Desenvolvido
por Laubach nas Filipinas, em 1915, subsequentemente foi utilizado com grande
sucesso em toda a Ásia e em várias partes da América Latina, durante quase todo
o século XX.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em
1915, Frank Laubach fora enviado por uma missão religiosa à ilha de Mindanao,
nas Filipinas, então sob o domínio norte-americano, desde o final da guerra
EUA/Espanha. A dominação espanhola deixara à população filipina uma herança de
analfabetismo total, bem como de ódio aos estrangeiros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600"
o:spt="75" o:preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f"
stroked="f">
<v:stroke joinstyle="miter"/>
<v:formulas>
<v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"/>
<v:f eqn="sum @0 1 0"/>
<v:f eqn="sum 0 0 @1"/>
<v:f eqn="prod @2 1 2"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @0 0 1"/>
<v:f eqn="prod @6 1 2"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"/>
<v:f eqn="sum @8 21600 0"/>
<v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"/>
<v:f eqn="sum @10 21600 0"/>
</v:formulas>
<v:path o:extrusionok="f" gradientshapeok="t" o:connecttype="rect"/>
<o:lock v:ext="edit" aspectratio="t"/>
</v:shapetype><v:shape id="Imagem_x0020_2" o:spid="_x0000_i1025" type="#_x0000_t75"
alt="FrnkLaubach" style='width:300pt;height:174pt;visibility:visible;
mso-wrap-style:square'>
<v:imagedata src="file:///C:\Users\MARCO~1.MIL\AppData\Local\Temp\msohtmlclip1\01\clip_image001.jpg"
o:title="FrnkLaubach"/>
</v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><!--[endif]--><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaHA9RFJkxKA-eDSUv3tpbl1bhBTKH3bzQDPGdLvtAj7ypc4kmtXtr_g62aT8s3TBLEBm3fgYx0N2fEUuERXKWKTkaYAIA0WV3t8bahoxgdR8dMqk5gBokET5kTi5mQ7WCn1nzfwRVMQj/s1600/Laubach.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="231" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOaHA9RFJkxKA-eDSUv3tpbl1bhBTKH3bzQDPGdLvtAj7ypc4kmtXtr_g62aT8s3TBLEBm3fgYx0N2fEUuERXKWKTkaYAIA0WV3t8bahoxgdR8dMqk5gBokET5kTi5mQ7WCn1nzfwRVMQj/s400/Laubach.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">Frank C. Laubach
(sentado ao centro) com missionários protestantes em Lake Winnipesaukee, New
Hampshire, no ano de 1961.<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
população moura filipina era analfabeta, exceto os sacerdotes islamitas, que sabiam
ler árabe e podiam ler o Alcorão. A língua maranao (falada pelos mouros) nunca
fora escrita. Laubach enfrentava, nessa sua missão, um problema duplo: como
criar uma língua escrita, e como ensinar essa escrita aos filipinos, para que
esses pudessem ler a Bíblia. A existência de 17 dialetos distintos, naquele
arquipélago, dificultava ainda mais a tarefa em meta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Com
o auxílio de um educador filipino, Donato Gália, Laubach adaptou o alfabeto
inglês ao dialeto mouro. Em seguida adaptou um antigo método de ensino
norte-americano, de reconhecimento das palavras escritas por meio de retratos
de objetos familiares do dia-a-dia da vida do aluno, para ensinar a leitura da
nova língua escrita. A letra inicial do nome do objeto recebia uma ênfase
especial, de modo que aluno passava a reconhecê-la em outras situações,
passando então a juntar as letras e a formar palavras.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Utilizando
essa metodologia, Laubach trabalhou por 30 anos nas Filipinas e em todo o sul
da Ásia. Conseguiu alfabetizar 60% da população filipina, utilizando essa mesma
metodologia. Nas Filipinas, e em toda a Ásia, um grupo de educadores, comandado
pelo próprio Laubach, criou grafias para 225 línguas, até então não escritas. A
leitura dessas línguas era lecionada pelo método de aprendizagem acima descrito.
Nesse período de tempo, esse mesmo trabalho foi levado do sul da Ásia para a
China, Egito, Síria, Turquia, África e até mesmo União Soviética. Maiores
detalhes da vida e trabalho de Laubach podem ser lidos na Internet, no site
Frank Laubach.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Na
América Latina, o método Laubach foi primeiro introduzido no período da 2ª
Guerra Mundial, quando o criador do mesmo se viu proibido de retornar à Ásia,
por causa da guerra no Pacífico. No Brasil, este foi introduzido pelo próprio
Laubach, em 1943, a pedido do governo brasileiro. Naquele ano, esse educador
veio ao Brasil a fim de explicar sua metodologia, como já fizera em vários
outros países latino-americanos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Lembro-me
bem dessa visita, pois, ainda que fosse muito jovem, cursando o terceiro ano
Ginasial, todos nós estudantes sabíamos que o analfabetismo no Brasil ainda
beirava a casa dos 76% – o que muito nos envergonhava – e que este era o maior
empecilho ao desenvolvimento do país.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
visita de Laubach a Pernambuco causou grande repercussão nos meios estudantis.
Ele ministrou inúmeras palestras nas escolas e faculdades — não havia ainda uma
universidade em Pernambuco — e conduziu debates no Teatro Santa Isabel.
Refiro-me apenas a Pernambuco e ao Recife, pois meus conhecimentos dos eventos
naquela época não iam muito além do local onde residia.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Houve
também farta distribuição de cartilhas do Método Laubach, em espanhol, pois a
versão portuguesa ainda não estava pronta. Nessa época, a revista Seleções do
Readers Digest publicou um artigo sobre Laubach e seu método — muito lido e
comentado por todos os brasileiros de então, que, em virtude da guerra, tinham
aquela revista como único contato literário com o mundo exterior.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Naquele
ano, de 1943, o Sr. Paulo Freire já era diretor do Sesi, de Pernambuco — assim
ele afirma em sua autobiografia — encarregado dos programas de educação daquela
entidade. No entanto, nessa mesma autobiografia, ele jamais confessa ter tomado
conhecimento da visita do educador Laubach a Pernambuco. Ora, ignorar tal
visita seria uma impossibilidade, considerando-se o tratamento VIP que fora
dado àquele educador norte-americano, pelas autoridades brasileiras, bem como
pela imprensa e pelo rádio, não havendo ainda televisão. Concomitante e
subitamente, começaram a aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de
Laubach, porém com teor filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de
cunho cristão, davam ênfase à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao
cristianismo e à existência de Deus. As novas cartilhas, utilizando idêntica metodologia,
davam ênfase à luta de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a
conscientização das massas à sua “condição de oprimidas”. O autor dessas outras
cartilhas era o genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu
nome à essa “nova metodologia” — da utilização de retratos e palavras na
alfabetização de adultos — como se a mesma fosse da sua autoria.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Tais
cartilhas foram de imediato adotadas pelo movimento estudantil marxista, para a
promulgação da revolução entre as massas analfabetas. A artimanha do Sr. Paulo
Freire “pegou”, e esse método é hoje chamado Método Paulo Freire, tendo o mesmo
sido apadrinhado por toda a esquerda, nacional e internacional, inclusive pela
ONU.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">No
entanto, o método Laubach — o autêntico — fora de início utilizado com grande
sucesso em Pernambuco, na alfabetização de 30.000 pessoas da favela chamada
“Brasília Teimosa”, bem como em outras favelas do Recife, em um programa
educacional conduzido pelo Colégio Presbiteriano Agnes Erskine, daquela cidade.
Os professores eram todos voluntários. Essa foi a famosa Cruzada ABC, que
empolgou muita gente, não apenas nas favelas, mas também na cidade do Recife, e
em todo o Estado. Esse esforço educacional é descrito em seus menores detalhes
por Jules Spach, no seu recente livro, intitulado, Todos os Caminhos Conduzem
ao Lar (2000).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
Método Laubach foi também introduzido em Cuba, em 1960, em uma escola normal em
Bágamos. Essa escola pretendia preparar professores para a alfabetização de
adultos. No entanto, logo que Fidel Castro assumiu o controle total do poder em
Cuba, naquele mesmo ano, todas as escolas foram nacionalizadas, inclusive a
escola normal de Bágamos. Seus professores foram acusados de “subversão”, e
tiveram de fugir, indo refugiar-se em Costa Rica, onde continuaram seu
trabalho, na propagação do Método Laubach, criando então um programa de
alfabetização de adultos, chamado Alfalit.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
organização Alfalit foi introduzida no Brasil, e reconhecida pelo governo
brasileiro como programa válido de alfabetização de adultos. Encontra-se hoje
na maioria dos Estados: Santa Catarina (1994), Alagoas, Ceará, Distrito
Federal, Goiás, Sergipe, São Paulo, Paraná, Paraíba e Rondônia (1997);
Maranhão, Pará, Piauí e Roraima (1998); Pernambuco e Bahia (1999).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
oposição ao Método Laubach ocorreu desde a introdução do mesmo, em Pernambuco,
no final da década de 1950. Houve tremenda oposição da esquerda ao mencionado
programa da Cruzada ABC, em Pernambuco, especialmente porque o mesmo não
conduzia à luta de classes, como ocorria nas cartilhas plagiadas do Sr. Paulo
Freire. Mais ainda, dizia-se que o programa ABC estava “cooptando” o povo,
comprando seu apoio com comida, e que era apenas mais um programa
“imperialista”, que tinha em meta unicamente “dominar o povo brasileiro”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Como
a fome era muito grande na Brasília Teimosa, os dirigentes da Cruzada ABC, como
maneira de atrair um maior número de alunos para o mesmo, se propuseram criar
uma espécie de “bolsa-escola” de mantimentos. Era uma cesta básica, doada a
todos aqueles que se mantivessem na escola, sem nenhuma falta durante todo o
mês. Essa bolsa-escola tornou-se famosa no Recife, e muitos tentavam se
candidatar a ela, sem serem analfabetos ou mesmo pertencentes à comunidade da
Brasília Teimosa. Bolsa-escola fora algo proposto desde os dias do Império,
conforme pode-se conferir no livro de um educador do século XIX, Antônio
Almeida, intitulado O Ensino Público, reeditado em 2003 pelo Senado Federal,
com uma introdução escrita por este Autor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">No
entanto, a ideia da bolsa-escola foi ressuscitada pelo senhor Cristovam
Buarque, quando governador de Brasília. Este senhor, que é pernambucano, fora
estudante no Recife nos dias da Cruzada ABC, tão atacada pelos seus
correligionários de esquerda. Para a esquerda recifense, doar bolsa-escola de
mantimentos era equivalente a “cooptar” o povo. Em Brasília, como “ideia genial
do Sr. Cristovam Buarque”, esta é hoje abençoada pela Unesco, espalhada por
todo o mundo e não deixa de ser o conceito por trás do programa Fome Zero, do
ilustre Presidente Lula.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O
sucesso da campanha ABC — que incluía o Método Laubach e a bolsa-escola — foi
extraordinário, sendo mais tarde encampado pelo governo militar, sob o nome de
Mobral. Sua filosofia, no entanto, foi modificada pelos militares: os
professores eram pagos e não mais voluntários, e a bolsa-escola de alimentos não
mais adotada. Este novo programa, por razões óbvias, não foi tão bem-sucedido
quanto a antiga Cruzada ABC, que utilizava o Método Laubach.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A
maior acusação à Cruzada ABC, que se ouvia da parte da esquerda pernambucana,
era que o Método Laubach era “amigo da ignorância” — ou seja, não estava ligado
à teoria marxista, falhavam em esclarecer seus detratores — e que conduzia a
“um analfabetismo maior”, ou seja, ignorava a promoção da luta de classes, e
defendia a harmonia social. Recentemente, foi-me relatado que o auxílio doado
pelo MEC a pelo menos um programa de alfabetização no Rio de Janeiro — que
utiliza o Método Laubach, em vez do chamado “Método Paulo Freire” — foi
cortado, sob a mesma alegação: que o Método Laubach estaria “produzindo o
analfabetismo” no Rio de Janeiro. Em face da recusa dos diretores do programa
carioca, de modificarem o método utilizado, o auxílio financeiro do MEC foi
simplesmente cortado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não
há dúvida que a luta contra o analfabetismo, em todo o mundo, encontrou seu
instrumento mais efetivo no Método Laubach. Ainda que esse método hoje tenha
sido encampado sob o nome do Sr. Paulo Freire. Os que assim procederam não
apenas mudaram o seu nome, mas também o desvirtuaram, modificando inclusive sua
orientação filosófica. Concluindo: o método de alfabetização de adultos, criado
por Frank Laubach, em 1915, passou a ser chamado de “Método Paulo Freire”, em
terras tupiniquins. De tal maneira foi bem-sucedido esse embuste, que hoje será
quase que impossível desfazê-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Referências</span></u><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">AYRES,
Antônio Tadeu. Como tornar o ensino eficaz. Casa Publicadora das Assembléias de
Deus, Rio de Janeiro, 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">BRINER,
Bob. Os métodos de administração de Jesus. Ed. Mundo Cristão, SP, 1997.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">CAMPOLO,
Anthony. Você pode fazer a diferença. Ed. Mundo Cristão, SP, 1985.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">GONZALES,
Justo e COOK, Eulália. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Hombres y Ángeles.
Ed. Alfalit, Miami, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">GONZALES,
Justo. História de un milagro. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Ed. Caribe, Miami
(s.d.).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">GONZALES,
Luiza Garcia de. Manual para preparação de alfabetizadores voluntários. 3ª ed.,
Alfalit Brasil, Rio de Janeiro, 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">GREGORY,
John Milton. As sete leis do ensino. 7ª ed., Rio de Janeiro, JUERP, 1994.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">HENDRICKS,
Howard. Ensinando para transformar vidas. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Ed. Betânia, Belo Horizonte, 1999.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">LAUBACH, Frank C.. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os milhões
silenciosos falam. s. l., s.e., s.d.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">MALDONADO,
Maria Cereza. História da vida inteira. </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">Ed. Vozes, 4ª ed., SP, 1998.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">SMITH,
Josie de. Luiza. Ed. la Estrella, Alajuela, Costa Rica, s.d.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">SPACH,
Jules. Todos os Caminhos Conduzem ao Lar. Recife, PE, 2000.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Fonte:
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";"><a href="http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/12993-metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach.html">http://www.midiasemmascara.org/artigos/educacao/12993-metodo-paulo-freire-ou-metodo-laubach.html</a><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-16199818073026511542016-12-20T14:30:00.000-08:002016-12-20T14:31:46.740-08:00Um engodo chamado Método Paulo Freire<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi32juPiXdSXF1Sv-q56Oy1FVtk4eRo6AWtNTz3fD7xhu4MeCX3QlmKnaESnBa5FAWnAsDNQcLEW7IovQE8RDQnOLrIxU7fHdZIlV0wrqyorN3jrICbW-X9HLvwf6hhf03YfiHm9ohIazJD/s1600/freire+comuna.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="370" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi32juPiXdSXF1Sv-q56Oy1FVtk4eRo6AWtNTz3fD7xhu4MeCX3QlmKnaESnBa5FAWnAsDNQcLEW7IovQE8RDQnOLrIxU7fHdZIlV0wrqyorN3jrICbW-X9HLvwf6hhf03YfiHm9ohIazJD/s400/freire+comuna.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Um engodo chamado
Método Paulo Freire<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Félix Maier<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em 1943, foi introduzida no Brasil a
Cruzada ABC (Ação Básica Cristã), com
sede em Recife, PE. A Cruzada era um programa de alfabetização baseado no
Método Laubach, que incluía, ainda, a bolsa-escola para famílias pobres. (E
ainda dizem que o pernambucano Cristóvam Buarque, que, com certeza, conhecia o
Método Laubach, é o criador do bolsa-escola.) O missionário norte-americano
Frank Charles Laubach desenvolveu seu método de alfabetização de adultos
inicialmente nas Filipinas, onde, em 30 anos, conseguiu alfabetizar 60% de sua
população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">No Brasil, o Método Laubach foi deturpado e
substituído pelo Método Paulo Freire: “Concomi-tante e subitamente, começaram a
aparecer em Pernambuco cartilhas semelhantes às de Laubach, porém com teor
filosófico totalmente diferente. As de Laubach, de cunho cristão, davam ênfase
à cidadania, à paz social, à ética pessoal, ao cristianismo e à existência de
Deus. As novas car-tilhas, utilizando idêntica metodologia, davam ênfase à luta
de classes, à propaganda da teoria marxista, ao ateísmo e a consci-entização
das massas à sua ‘condição de oprimidas’. O autor dessas outras cartilhas era o
genial Sr. Paulo Freire, diretor do Sesi, que emprestou seu nome à essa ‘nova
metodologia’ - da utilização de retratos e palavras na alfabetização de adultos
- como se a mesma fosse da sua autoria” (David Gueiros Vieira, in Método Paulo
Freire ou Método Laubach?).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O Movimento de Educação de Base (MEB) era uma
organização criada pela Igreja Católica, financiada pelo governo João Goulart e
administrada por militantes da esquerda católica, muitos dos quais eram membros
da Ação Popular, que mais tarde se tornaria um grupo terrorista e promoveria um
atentado no Aeroporto de Guararapes, Recife, em 1966. Baseado nas ideias
marxistas de Paulo Freire, autor do livro pauleira Pedagogia do Oprimido, o MEB
funcionava através de escolas radiofônicas, sob a direção de um líder local
(padre ou camponês), em contato com as Ligas Camponesas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Afinal, o que vem a ser o Método Paulo
Freire, tão enaltecido pelos esquerdistas que tomaram de assalto as salas de
aula das escolas e das universidades brasileiras? Ninguém melhor do que o
historiador Paul Johnson para explicar esse engodo da mais pura ideologia
marxista:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">“O professor
brasileiro Paulo Freire, ... descobriu que qualquer adulto pode aprender a ler
em quarenta horas suas primeiras palavras que conseguir decifrar se estiverem
carregadas de significação política; ... apenas a mobilização de toda a
população pode conduzir à cultura popular. As escolas são contraprodutivas... O
melhor caminho a seguir é um rompimento com a educação institucional rumo à
educação popular. O método se baseia no uso de palavras e expressões empregadas
conscientemente de forma dúbia e duvidosa, de acordo com o conceito que seu autor
tem de ‘educação libertadora’ e que pode ser assim resumido no conhecido jargão
esquerdista: ‘... há uma incompatibilidade estrutural entre os interesses da
classe dominante e a verdade...; a verdade está do lado dos oprimidos e não
pode ser conquistada senão na luta contra a classe dominante...; a verdade é
revolucionária, não deve ser buscada e sim feita’ ” (Paul Johnson, in Inimigos
da Sociedade - cit. COUTO, 1984: 39).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; margin-left: 4.0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt;">“O avanço do processo
revolucionário comunista antes de Março de 1964, na área da educação, foi em
grande parte creditado ao uso do Método Paulo Freire, que tem potencial para
materializar, com inegável eficiência, aquela afirmativa de Fred Schwarz: ‘O
primeiro passo na formação de um comunista é a sua desilusão com o
capitalismo’. Hoje, o método e seu autor vêm sendo reabilitados em vários
pontos do país, aparentemente com a mesma função revolucionária de antes. A
alfabetização que propicia, baseada nas condições reais em que vive o aluno,
explora largamente as contradições internas da sociedade para desmoralizar o
capitalismo, e através dele a democracia, deixando a porta aberta para a opção
socialista” (COUTO, 1984: 38-9).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A ressurreição da múmia comunista chamada
Paulo Freire não se observa apenas nos campi cada vez mais estéreis das
faculdades de Educação, mas também nos campos improdutivos do messetê: “De
acordo com os ideais socialistas e coletivos, calcados no princípio da
solidariedade, o projeto educacional do MST tem como base teórica Paulo Freire,
Florestan Fernandes, Che Guevara, o cubano José Martí, o russo A. Makarenko e
clássicos como Marx, Engels, Mao Tsé-Tung e Gramsci” (revista Sem Terra,
Out-Nov-Dez 1997, pg. 27).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Periodicamente, o mito de palha, que foi
secretário de Educação do governo Luíza Erundina na cidade de São Paulo, é
incensado na mídia para adoração, como o artigo da Gazeta do Povo, de
19/01/2013, Pela união na construção do saber. Sem direito a contraditório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Em 2012, o plagiário de Laubach foi
declarado, por Lei, patrono da educação brasileira. Não há nome melhor para
explicar o grau de mediocridade de nossas escolas e universidades,
principalmente as faculdades de Educação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Nota:
COUTO, A. J. Paula. O desafio da subversão. Impresso na Gráfica FEPLAM, Porto
Alegre, RS, 1984.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";">Fonte:</span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif";"><a href="http://www.grupoinconfidencia.org.br/sistema/index.php?option=com_content&view=article&id=2188:um-engodo-chamado-metodo-paulo-freire&catid=135:o-comunismo-no-brasil-a-marxizacao-arts-mais&Itemid=225">http://www.grupoinconfidencia.org.br/sistema/index.php?option=com_content&view=article&id=2188:um-engodo-chamado-metodo-paulo-freire&catid=135:o-comunismo-no-brasil-a-marxizacao-arts-mais&Itemid=225</a><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-43300822948270238452016-12-20T14:15:00.001-08:002016-12-20T14:15:49.113-08:00Vocês conhecem alguém que tenha sido alfabetizado pelo método de Paulo Freire?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnoGCMb81r60zMn7-X7mfp-50rLJC8hBz5sqKJatMPT5RaW9hLbzWKopetUJNNq1oMfgJleVO5Cq2Najku52UPE_B07j6IaHi6Izd93TElfyjNQv11CMOEJQK4IyNANj61oL-mwZlSoTa0/s1600/lobo+e+cordeiro.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnoGCMb81r60zMn7-X7mfp-50rLJC8hBz5sqKJatMPT5RaW9hLbzWKopetUJNNq1oMfgJleVO5Cq2Najku52UPE_B07j6IaHi6Izd93TElfyjNQv11CMOEJQK4IyNANj61oL-mwZlSoTa0/s1600/lobo+e+cordeiro.jpg" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Viva Paulo Freire!<o:p></o:p></span></b></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Olavo de Carvalho<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 10.0pt;">(Texto publicado no Diário
do Comércio, 19 de abril de 2012)<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Vocês conhecem alguém que tenha sido
alfabetizado pelo método Paulo Freire? Alguma dessas raras criaturas, se é que
existem, chegou a demonstrar competência em qualquer área de atividade técnica,
científica, artística ou humanística? Nem precisam responder. Todo mundo já
sabe que, pelo critério de “pelos frutos os conhecereis”, o célebre Paulo
Freire é um ilustre desconhecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">As técnicas que ele inventou foram aplicadas no
Brasil, no Chile, na Guiné-Bissau, em Porto Rico e outros lugares. Não
produziram nenhuma redução das taxas de analfabetismo em parte alguma.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Produziram, no entanto, um florescimento
espetacular de louvores em todos os partidos e movimentos comunistas do mundo.
O homem foi celebrado como gênio, santo e profeta.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Isso foi no começo. A passagem das décadas
trouxe, a despeito de todos os amortecedores publicitários, corporativos e
partidários, o choque de realidade. Eis algumas das conclusões a que chegaram,
por experiência, os colaboradores e admiradores do sr. Freire:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Não há originalidade no que ele diz, é a
mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica
bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education,
Abril de 1973.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não
poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as
massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados
para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia
humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da
mudança revolucionária?” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(David M. Fetterman,
“Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“[No livro de Freire] não chegamos nem perto
dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer
um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições
sem fim provocam o tédio, não a ação.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal,
Abril, 1971.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“A ‘conscientização’ é um projeto de
indivíduos de classe alta dirigido à população de classe baixa. Somada a essa
arrogância vem a irritação recorrente com ‘aquelas pessoas’ que teimosamente
recusam a salvação tão benevolentemente oferecida: ‘Como podem ser tão cegas?’”
(Peter L. Berger, Pyramids of Sacrifice, Basic Books, 1974.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Alguns vêem a ‘conscientização’ quase como
uma nova religião e Paulo Freire como o seu sumo sacerdote. Outros a vêem como
puro vazio e Paulo Freire como o principal saco de vento.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(David Millwood, “Conscientization and What It's All About”, New
Internationalist, Junho de 1974.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“A Pedagogia do Oprimido não ajuda a entender
nem as revoluções nem a educação em geral.” (Wayne J. Urban, “Comments on Paulo
Freire”, comunicação apresentada à American Educational Studies Association em
Chicago, 23 de Fevereiro de 1972.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Sua aparente inabilidade de dar um passo
atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios
termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da
prática.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and
Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. </span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Vol. 27, No. 3,
1992.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">“Algumas pessoas que trabalharam com Freire
estão começando a compreender que os métodos dele tornam possível ser crítico a
respeito de tudo, menos desses métodos mesmos.” </span><span lang="EN-US" style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US;">(Bruce O. Boston, “Paulo Freire”, em Stanley Grabowski, ed., Paulo
Freire, Syracuse University Publications in Continuing Education, 1972.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Outros julgamentos do mesmo teor encontram-se
na página de John Ohliger, um dos muitos devotos desiludidos
(http://www.bmartin.cc/dissent/documents/Facundo/Ohliger1.html#I).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não há ali uma única crítica assinada por
direitista ou por pessoa alheia às práticas de Freire. Só julgamentos de quem
concedeu anos de vida a seguir os ensinamentos da criatura, e viu com seus
própios olhos que a pedagogia do oprimido não passava, no fim das contas, de
uma opressão da pedagogia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não digo isso para criticar a nomeação
póstuma desse personagem como “Patrono da Educação Nacional”. Ao contrário:
aprovo e aplaudo calorosamente a medida. Ninguém melhor que Paulo Freire pode
representar o espírito da educação petista, que deu aos nossos estudantes os
últimos lugares nos testes internacionais, tirou nossas universidades da lista
das melhores do mundo e reduziu para um tiquinho de nada o número de citações
de trabalhos acadêmicos brasileiros em revistas científicas internacionais.
Quem poderia ser contra uma decisão tão coerente com as tradições pedagógicas
do partido que nos governa? Sugiro até que a cerimônia de homenagem seja
presidida pelo ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, aquele que escrevia
“cabeçário” em vez de “cabeçalho”, e tenha como mestre de cerimônias o
principal teórico do Partido dos Trabalhadores, dr. Emir Sader, que escreve
“Getúlio” com LH. A não ser que prefiram chamar logo, para alguma dessas
funções, a própria presidenta Dilma Roussef, aquela que não conseguia lembrar o
título do livro que tanto a havia impressionado na semana anterior, ou o
ex-presidente Lula, que não lia livros porque lhe davam dor de cabeça.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif";">Fonte:
<a href="http://www.olavodecarvalho.org/semana/120419dc.html">http://www.olavodecarvalho.org/semana/120419dc.html</a><o:p></o:p></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-64515863143687492082016-09-04T07:05:00.001-07:002016-09-04T07:05:59.683-07:00O colapso da vontade (Viva o impeachment!)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUuJ2_nskWjI5GFs4qUFUkyRZt4-eO3ox_wL5WrEaGbUNYOGvwmObNSTgWOsrdJO0ZwZwsqfzjvgRI8A6qtS-aSaxjKVm5pZx90o2wWcnwYau4s9aemJjNFhoXRyQDtgvgtZ5-ScoYX0OU/s1600/esperanca.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="101" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUuJ2_nskWjI5GFs4qUFUkyRZt4-eO3ox_wL5WrEaGbUNYOGvwmObNSTgWOsrdJO0ZwZwsqfzjvgRI8A6qtS-aSaxjKVm5pZx90o2wWcnwYau4s9aemJjNFhoXRyQDtgvgtZ5-ScoYX0OU/s320/esperanca.jpg" width="320" /></a></div>
<h2 style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: Arial, sans-serif;"><span style="font-size: small;">O colapso da vontade</span></span></b></h2>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Editorial do jornal O
Estado de S. Paulo – 04/09/16<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Ao
contrário do que alardeiam os petistas, o impeachment da presidente Dilma
Rousseff não foi um golpe contra a democracia, mas sim a interrupção do
processo de degradação da democracia, liderado pelo partido que se dizia
campeão da ética na política e que prometia o paraíso da retidão moral contra
“tudo isso que está aí”.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"> Foram mais de dez anos em que o País foi submetido a uma
espécie de lavagem cerebral, por meio da qual se procurou desmoralizar toda
forma de crítica ao projeto lulopetista, qualificando desde sempre seus
opositores como “inimigos do povo” e, ultimamente, como “golpistas”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Ao mesmo tempo, o PT, sob a liderança
inconteste de Lula, passou todos esses anos empenhado em desmoralizar o
Congresso, oferecendo a partidos e políticos participação no grande plano de
assalto ao Estado arquitetado por aqueles que, tanto na cúpula petista como nos
altos escalões do governo, tinham completo conhecimento do que ocorria. Tudo
isso visava em primeiro lugar não ao enriquecimento pessoal da tigrada, embora
uns e outros tenham se lambuzado com o melado que jorrava de estatais, mas sim
à destruição do preceito básico de qualquer democracia: a alternância no poder.
A corrupção, um mal que assola o Brasil desde o tempo das naus cabralinas,
tornou-se pela primeira vez uma política de Estado e uma estratégia política.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Na mentalidade autoritária petista, a
democracia é e sempre foi um estorvo, pois pressupõe que maiorias eventuais não
podem tudo e devem se subordinar ao que prevê a Constituição, passando
regularmente por testes de legitimidade. Logo, para se manter no poder para
sempre, como pretendia, o PT tratou de proceder à demolição da própria
política, inviabilizando qualquer forma de debate e dividindo a sociedade em
“nós” e “eles”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Com isso, as vitórias eleitorais, a partir da
chegada do chefão Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, foram tratadas pelos
governantes petistas como prova de que estavam acima de quaisquer limites
administrativos, políticos, éticos e legais – portanto, dispensados de
confirmar sua legitimidade. Desde sua fundação, o PT sempre entendeu que não
deveria se submeter a nenhum limite de natureza institucional porque se
considerava portador da verdade histórica. Com Lula na Presidência, o PT
interpretou os votos que recebeu como uma espécie de realização de sua
superioridade moral – e o partido apresentou-se como o único capaz de entender
e satisfazer os desejos populares.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Foi assim que Lula se apresentou ao País e ao
mundo como o demiurgo capaz de elevar o Brasil à condição de potência mundial
e, de lambuja, transformar os pobres brasileiros em felizes consumidores de
eletrodomésticos, carros e passeios de avião. Munido de grande carisma e de
notória caradura, Lula prometeu um sem-número de obras grandiosas e projetos
miraculosos. Entregou, em vez disso, apenas slogans, discursos e bravatas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">Mas o
País, como que hipnotizado pelo gabola de Garanhuns, deixou-se enlevar por
aquele palavrório vazio e, aparentemente destituído da capacidade crítica, não
apenas reelegeu Lula, como abriu as portas da Presidência da República para a
mais inepta administradora pública de que a história brasileira tem registro.
Dilma Rousseff, no entanto, não pode ser vista como uma aberração. Ela não
existiria politicamente se não fosse Lula, tampouco teria governado do modo
desastroso como governou se não fosse petista.</span></b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;"> Pois os petistas, como
demonstrou fartamente a agora destituída presidente, acreditam, graças às suas
delirantes fantasias, que dinheiro público surge e se multiplica unicamente em
razão da vontade do governante. Quem quer que ouse questionar essa visão
irresponsável é considerado “invejoso” e “preconceituoso”, como Lula anunciou
certa vez em 2007, ocasião em que disse que “é fácil ajudar os pobres”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b><span style="font-family: "Arial",sans-serif; font-size: 12.0pt;">O
impeachment de Dilma e a desmoralização do PT funcionam, portanto, como uma
chance de ouro para o restabelecimento da racionalidade política e
administrativa no País. Mais importante do que isso, o ocaso da era lulopetista
restitui aos brasileiros a própria democracia – imperfeita, incompleta e
carente de reformas, mas certamente preferível aos sonhos autoritários de Lula,
de Dilma e da tigrada.<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;">Fonte: </span></span></div>
<div style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Arial",sans-serif;"><span style="font-size: x-small;"><a href="http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-colapso-da-vontade,10000073972">http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-colapso-da-vontade,10000073972</a></span></span></div>
Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6595291433499008083.post-60264781615837535492016-08-04T11:18:00.000-07:002016-08-04T11:18:53.789-07:00Brasil: há esperança<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4yJRzgfQ4g3QfI7a8AbtmQaCHI8OC1AIpIKWu4ShuQxFVSzCOrywHZhWzc0Bq5yWzHT-0LitS_fJFdQu75squy3yn4dyBK6X6UMEUQWvKmj-IUT9duix2Qr5Yqy9_Ct4JKDPp4EPxguPI/s1600/brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4yJRzgfQ4g3QfI7a8AbtmQaCHI8OC1AIpIKWu4ShuQxFVSzCOrywHZhWzc0Bq5yWzHT-0LitS_fJFdQu75squy3yn4dyBK6X6UMEUQWvKmj-IUT9duix2Qr5Yqy9_Ct4JKDPp4EPxguPI/s320/brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<b><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14.0pt;">Uma porta para o
século 21<o:p></o:p></span></b></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: center;">
<i><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Editorial do Jornal O
Estado de São Paulo – p. A3 – 04/08/2016<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">O Brasil tem uma nova chance de ser uma
economia do século 21, produtiva, eficiente, inovadora, capaz de competir em
todo o mundo e de criar oportunidades para todos. Para isso terá de se integrar
na cadeia internacional de produção, numa política inteiramente oposta àquela
implantada em 2003. Naquele ano o PT assumiu o governo federal e decidiu manter
o País, apesar de todo o seu potencial, na terceira divisão da economia global.
Na terceira, de fato, porque na segunda jogam os emergentes guiados por uma
pauta de modernização e administrados de forma prudente e pragmática. O caminho
para a modernidade passa por uma nova política de comércio e de desenvolvimento
produtivo, tal como propõe estudo elaborado pelo Centro de Debate de Políticas
Públicas (CDPP), de São Paulo, e pelo Centro de Estudos de Integração e
Desenvolvimento (Cindes), do Rio de Janeiro.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Abertura é apenas uma das marcas dessa
política, já testada com resultados muito bons em dezenas de países. Mas a
palavra abertura provoca reações negativas em muitos empresários e
sindicalistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Para uma parcela significativa do
empresariado, é sempre muito cedo para reduzir tarifas e abandonar políticas de
conteúdo nacional, como se o Brasil estivesse ainda no estágio da
industrialização nascente. A reação negativa inclui, quase sempre, referências
a desajustes macroeconômicos, a problemas de competitividade e à cobrança de
incentivos governamentais.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Do lado sindical, o discurso costumeiro
inclui o risco do desemprego como efeito da competição estrangeira – um temor explorado
com sucesso em campanhas como a do republicano Donald Trump. Para evitar a
mistificação e neutralizar a conversa dos aproveitadores do atraso e dos
favores oficiais, é preciso pôr a discussão nos termos corretos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Não há como pensar separadamente, em especial
num país emergente ou em desenvolvimento, as políticas comercial, de
crescimento e de modernização da economia. Para começar, a agenda proposta nos
estudos do Cindes e do CDPP inclui uma revisão e reorganização de tarifas de
importação em níveis diferenciados. Haveria redução, até porque muitas tarifas
são escandalosamente altas, mas nenhum setor seria entregue sem proteção, de um
dia para outro, aos competidores estrangeiros. A mudança, no entanto, deveria
ser suficiente para estimular os empresários a pensar com mais seriedade em
temas como produtividade e qualidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">A mudança deveria incluir, naturalmente, a
eliminação da política de conteúdo nacional, ineficiente, custosa e estimulante
de bandalheiras, como ficou evidenciado na experiência dos últimos anos. Essa
política foi um dos componentes da devastação econômica e financeira da
Petrobrás. Outra aberração, o programa de criação de campeãs nacionais, já foi
abandonada, depois de muitos erros e de muito desperdício de dinheiro público.
A liquidação final e completa dos benefícios fiscais a setores selecionados
também é inadiável.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Os itens listados até aqui compõem um
programa de profilaxia econômica e até moral. Mas uma reforma efetiva tem de
incluir uma porção de outros itens. Não é necessário um estudo assinado por
economistas de primeiro time para listar algumas das mudanças mais importantes.
É preciso tornar a tributação menos prejudicial ao investimento, à formação de
custos e à competitividade. É indispensável diminuir a burocracia oficial e
simplificar o cumprimento de exigências legais pelas empresas. É urgente mudar
a diplomacia econômica, para facilitar a integração do País nos principais
fluxos de comércio e de produção – o oposto do terceiro-mundismo em vigor a
partir de 2003. É indispensável tornar mais eficiente o governo e revitalizar o
investimento público.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt;">Resta, enfim, passar a limpo a política
educacional, a longo prazo o fator mais importante da competitividade. São
mudanças politicamente complicadas, tanto mais quanto mais o empresariado
insistir na manutenção do protecionismo, dos favores fiscais e financeiros e da
mediocridade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt; text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Fonte: <a href="http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,uma-porta-para-o-seculo-21,10000066885">http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,uma-porta-para-o-seculo-21,10000066885</a></span>Unknownnoreply@blogger.com0